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Design de produtos pode contribuir com sustentabilidade ambiental, afirmam especialistas em Santos

Publicado: 22 de julho de 2022 - 22h54

O design como meio, a cidade como fim. Esse foi o centro dos debates na noite de sexta-feira (22), no Museu Pelé, onde funciona o espaço para exposições das cidades criativas brasileiras de design e outras iniciativas do segmento criativo.  O evento faz parte da 14ª Conferência Anual da Rede de Cidades Criativas da Unesco e movimentou o Centro Histórico de Santos.

A abertura do painel ficou a cargo da arquiteta e urbanista Lea Gejer e a especialista em design Carla Tennenbaun. Elas apresentaram o conceito de economia circular: do berço ao berço ou, em inglês, cradletocradle (c2c) e sua importância para a criação de produtos, serviços, projetos e até de cidades. Segundo Léa, o c2c é até uma ferramenta forte para implementar os 17 ODS da ONU.

As especialistas falaram como a economia circular alia desenvolvimento econômico a uma melhor utilização dos recursos naturais em todo o processo de criação e  fabricação, com insumos mais duráveis, recicláveis, reutilizáveis e com o menor índice de desperdício possível.

A pergunta-chave, neste caso, é: e depois?, diz Léa, ressaltando que o questionamento move o pensamento circular. “A gente trabalha com a ideia de economia circular e traz um sentido mais amplo do design. É a importância de pensar em todo o ciclo antes de o produto ter uma cara”.

Por isso, para elas, não basta apenas falar em sustentabilidade, reciclagem e descarte de materiais, mas como pensar o ciclo de produção pensando no futuro da matéria prima, do produto ou serviço, após sua vida útil. 

“A questão não tem que ser pautada na gestão de resíduos e minimização de impactos. Mas já pensando no impacto”, acrescenta Carla.

VIDRO EM CENA

O diretor da Rede Conceito e CEO da L&L Vidros e Espelhos, Leonardo Devezas, subiu no palco na sequência para falar sobre o vidro. Isso mesmo. O vidro foi eleito como material de 2022 pela ONU devido à sua aplicabilidade, ao seu desempenho e ao fato de ser quase que 100% reciclável, informou Leonardo.

Leonardo falou sobre como o material foi inserido na história do design e o que ele representa na sociedade, além de traçar o histórico do produto desde a descoberta até a produção atual.

Destacou ainda as utilidades diversas, às vezes, bem desconhecidas das pessoas, “como em placas de captação de energia solar, hélice de energia eólica, no frasco para conservação de vacinas contra covid-19”. 

O ensino do design e os desafios dos ODS encerram o painel. Apresentado pelos professores André Reis e Maria Livia Buendia, eles explicaram como trabalham os temas com os universitários em sala de aula. Também ressaltaram que o design hoje tem uma área bastante ampliada e completa muitas outras como saúde, tecnologia ou comunicação.

MAIS ATRAÇÕES

O pavilhão, que fica no primeiro andar do Museu Pelé, ainda apresenta exposições com produtos de cidades criativas na área de design que podem ser vistas até domingo, das 10h às 21h. Confira a programação.

 

Galeria de Imagens

quatro pessoas em debate. três delas estão sentadas. #paratodosverem
Debates foram realizados no Museu Pelé - foto: Carlos Nogueira