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Defesa civil e bombeiros pedem colaboração no combate de abelhas

Publicado: 13 de julho de 2001
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A Defesa Civil do Município e o Corpo de Bombeiros (Cobom) pedem à população que colabore com as ações de urgência, como o combate de abelhas e de outros insetos ou animais que causem transtornos ao homem. Na semana passada, técnicos da Defesa Civil foram acionados para apoiar um serviço de extinção de uma colmeia, encontrada em uma árvore no quintal de uma casa, na Avenida Conselheiro Nébias. Na ocorrência, o dono do imóvel e a vizinhança recusaram-se a cooperar com o trabalho dos bombeiros. Nesse tipo de emergência, o Corpo de Bombeiros procede da seguinte forma: primeiro, é feita uma vistoria técnica no local onde está o enxame para avaliar a urgência do caso; em seguida, uma equipe retorna à noite, quando irá remover ou destruir o foco. De acordo com o sargento Moreira Lima, o horário noturno é o melhor período para executar o serviço, porque as abelhas têm a visão reduzida devido à ausência de luz. Além disso, elas (abelhas) costumam se reunir na colmeia, depois de um dia de trabalho, o que nos ajuda bastante, explica. FECHAR JANELAS Para facilitar a operação e diminuir o risco de um possível ataque, é necessário fechar as janelas e apagar as luzes no momento do extermínio ou remoção. Foram essas as medidas solicitadas ao morador e aos condôminos do prédio, localizado na Rua Alexandre Herculano, que dá para os fundos da residência. A princípio, houve resistência por parte dos vizinhos e do proprietário para seguir as orientações dos funcionários da Defesa Civil. NÚMEROS Conforme dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros da Cidade, a incidência de casos envolvendo abelhas aumentou este ano. No período de abril a junho do ano passado, foram recebidas 96 ligações pedindo ações contra esses insetos. No mesmo trimestre de 2001, esse número aumentou para 124 chamadas. A primavera é a estação que mais atrai as abelhas, em razão da grande quantidade de flores que nasce nessa época. Ao detectar uma colmeia que esteja colocando em perigo o bem-estar das pessoas, o munícipe pode ligar para o telefone 193, dos Bombeiros. Apesar de não ser responsável pela extinção de abelhas, uma vez que lida apenas com bichos causadores de doenças no ser humano, o Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz) também presta esse serviço, porém em casos mais simples. O telefone da Sevicoz é 3203-2903. MÉDICO ORIENTA CUIDADOS APÓS ATAQUE Ao ser picada por uma abelha, a vítima deve tentar retirar o ferrão, que concentra o veneno da fêmea, raspando o local com uma faca, fazendo um movimento de baixo para cima. Segundo o médico Eládio Santos Filho, plantonista do Centro de Controle de Intoxicação da Secretaria de Saúde, o uso dos dedos e de pinças não é recomendável. Após a retirada, deve-se lavar a região com água e sabão. Em caso de reações mais graves, como manifestações alérgicas, é importante procurar um médico. Além da dor, os sintomas de um ataque, independentemente da origem da abelha, são vermelhidão, urticária e possível sangramento, ocasionado pela destruição das hemácias. Se a ferroada for na região do rosto ou pescoço, há chances de uma asfixia, ou edema de glote, o que pode provocar uma parada respiratória e, como resultado, a morte. Mas, para vir a falecer, um adulto precisa receber de 300 a 500 picadas. Já uma criança pode morrer se sofrer de 30 a 50 ferroadas. A espécie mais perigosa é a Apis adansonii, também conhecida como abelha africana, trazida para o Brasil nos anos 50 e encontrada mais na região Nordeste. Ela contém cerca de 0,2 a 0,5 miligramas de veneno, mas, em uma ferroada, injeta de 1/5 a metade dessa quantidade.