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Debate em Santos aborda influência da crise econômica nas contas dos municípios

Publicado: 30 de agosto de 2019
14h 49

Os impactos da maior crise econômica brasileira nas contas dos municípios, que precisam oferecer mais serviços com menos receita, deram o tom da 16ª reunião do 23º Ciclo de Debates do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) com Agentes Políticos e Dirigentes Municipais. O encontro, que reuniu representantes das prefeituras da Baixada Santista e do Interior, foi realizado no Teatro Municipal Braz Cubas nesta sexta-feira (30).

“As administrações municipais é que tomam o maior choque da crise, que gera desemprego e maior procura pelos serviços públicos como creches, escolas e hospitais. Somos órgãos de controle da administração, mas reconhecemos que a crise é gravíssima e queremos colaborar, não apenas rejeitar contas”, destaca o presidente do TCE-SP, Antonio Roque Citadini.

Entre as formas de colaboração do TCE com os municípios, Citadini mencionou, além do ciclo de debates, os alertas que o tribunal emite a prefeituras e câmaras ao longo do ano para que realizem correções de forma a não descumprirem a Lei de Responsabilidade Fiscal; a fiscalização surpresa e simultânea aos municípios; o mapa das obras paradas; o acompanhamento dos mapas orçamentários e o mapa das câmaras municipais.

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, participou da cerimônia de abertura e destacou que “eficiência e transparência não são mais diferenciais na gestão pública. São essenciais e imprescindíveis.”.

O prefeito salientou ainda que Santos criou o Programa de Participação Direta nos Resultados (PDR), por meio do qual todos os secretários municipais assinam anualmente um contrato de gestão estabelecendo as metas a serem cumpridas – todas alinhadas ao Índice de Governança Municipal (IGM), métrica criada em 2016 pelo Conselho Federal de Administração e que está baseada em três pilares: finanças, gestão e desempenho.

Contas aprovadas em Santos

Nesta semana, as contas da Prefeitura de Santos do ano de 2017 foram aprovadas pelo TCE e as de 2018, cuja avaliação está em andamento, já receberam o primeiro parecer favorável.

O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Thiago Pinheiro Lima, também presente no evento, afirma que, embora os orçamentos dos municípios sejam engessados, com despesas obrigatórias previstas em lei, é necessário diminuir os gastos e aumentar a arrecadação.

“Vemos que ainda há espaço para a adoção de medidas de redução de despesa. Fiquei assustado ao analisar que os municípios da Baixada Santista só conseguem arrecadar 5,7% do que é inscrito na dívida ativa, em média. É necessário adotar medidas para aumentar o caixa e fazer frente a todas as despesas (que aumentam com a crise)”.