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Curso de capacitação marca dia nacional de combate à tuberculose

Publicado: 14 de novembro de 2003
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Curso de treinamento que vai atingir cem funcionários que atuam nas policlínicas no Programa de Tuberculose, será iniciado na segunda-feira (17) pela SMS, com turmas pela manhã e à tarde, no auditório da Faculdade de Serviço Social da Unisantos (sala 317), na Avenida Conselheiro Nébias 300. O curso terá ainda mais dois módulos, nos dias 19 novembro e 3 de dezembro, abrangendo funcionários de diferentes unidades. As aulas serão dadas pelo médico coordenador do Programa de Tuberculose, da SMS, Francisco Araújo e sua equipe técnica. Ao melhorar as condições de acolhimento a pacientes portadores de tuberculose e atualizar informações sobre a epidemiologia da doença e tratamento, a SMS está também registrando o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, que ocorre no dia 17 de Novembro. O Município de Santos, assim como toda a região do Litoral, é a de maior prevalência de casos de tuberculose no Estado, chegando a ter um coeficiente 2,5 maior que o do restante do Estado. Até outubro, 303 novos casos de Santos haviam sido registrados em 2003, estando em tratamento um total de 413 pessoas. Já em 2002 foram 477 novos casos registrados e um total de 572 em tratamento, com índice de cura de 70% e 32 óbitos, sendo 8 pela tuberculose, enquanto os demais por doenças associadas. É importante destacar que a associação de Aids com tuberculose atinge 18% dos casos. ¨Um dos cuidados da rede ao constatar que um paciente tem tuberculose é pedir o exame de HIV, sendo que em média 4% tem o vírus da Aids¨, explica o médico infectologista Francisco Araújo, responsável pelo Programa de Tuberculose de Santos. Para cuidar dos cerca de 500 casos/ novos ano, - média que se mantém estável há vários anos - , a SMS possui um programa estruturado em todas as policlínicas, figurando ainda como unidade de referência para os casos mais complexos, o Centro de Saúde Martins Fontes.. O Programa de Tuberculose está inserido na Seção de Vigilância Epidemiológica da SMS, com equipe multidisciplinar do qual participam oito funcionários, entre os quais, médico, assistente social, psicóloga, administrativos e um motorista. Uma das estratégias utilizadas para evitar o abandono ao tratamento, que dura em média seis meses, é a supervisão da ingestão dos medicamentos nos domicílios. Pacientes com perfis mais problemáticos são visitados três vezes por semana em casa, ou até diariamente, para que um funcionário da Saúde veja ele ingerir o complexo de drogas, que, no esquema básico, inclui rifampicina, isoniazida e H.prazinamida. Atualmente 16 pacientes recebem tratamento supervisionado em casa, enquanto sete ingerem os comprimidos nas policlínicas. Tanto na residência, como na unidade de Saúde, eles ganham o café da manhã, uma vez que a maioria é de família sem recursos. AMBULATÓRIO MULTIDROGARRESISTENTE Um avanço conquistado pelo Município de Santos em abril de 2002, no tratamento da tuberculose, foi a instalação junto ao Centro de Saúde Martins Fontes, do ambulatório regional para tratar pacientes resistentes às drogas convencionais. Esse ambulatório acompanha, no momento, o tratamento de 18 pacientes de alto risco, (multidrogarresistentes), seis deles de Santos e vem obtendo sucesso. ¨A maioria está reagindo bem ao tratamento¨, assinala o especialista em tuberculose, Francisco Araújo, explicando que ocorreram duas mortes neste ano, entre esses pacientes. Esses casos complicados surgem , geralmente, porque a pessoa abandona o tratamento antes da hora, tornando a tuberculose muito mais grave, e levando muitos portadores à morte. O complexo de drogas é fornecido pelo Estado, dentro de rigoroso controle, já que são medicamentos caríssimos. Enquanto o tratamento convencional custa R$ 80,00 (por 6 meses) o custo do multidrogarresistente é de 2.200 dólares pelo período de 18 meses. SINTOMAS Doença infecto-cohntagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou Bacilo de Koch, a tuberculose é transmitida pelo ar, por meio da tosse e espirros de pessoas doentes. Os principais sintomas são tosse por 3 semanas ou mais, perda de peso, cansaço fácil, febre baixa geralmente à tarde, dor no peito ou costa e suores noturnos. No Brasil surgem em média 85 mil casos novos/ano.