Cuidados na praia: veja como manter as crianças seguras durante o verão em Santos

Levar as crianças à praia é um dos passeios preferidos dos pais durante o verão e, em Santos, não poderia ser diferente. Porém, para manter os pequenos em segurança, tanto na areia quanto na água, é preciso tomar alguns cuidados como nunca os perder de vista, passar protetor solar e orientá-los sobre como agir em determinadas situações.

Para preservar a saúde da criançada, é importante hidratá-los constantemente neste período de calor excessivo. Por isso, é essencial que os pais e responsáveis levem ou comprem garrafas d'água e ofereçam às crianças com frequência. Também é necessário protegê-los do sol, mantendo-os na maior parte do tempo debaixo de guarda-sóis e passando protetor solar a cada duas horas e sempre que retornarem da água.

O melhor horário para garantir a diversão e evitar a insolação é o período da manhã, até às 10h, e à tarde, após as 16h, pois nestes horários o sol está menos quente e oferece uma exposição mais segura aos banhistas.

BANHO DE MAR

Os cuidados são ainda maiores durante o banho de mar. Além de acompanhar as crianças nas idas à água, os pais ainda devem ensiná-los que o mar é perigoso, então é necessário sempre nadar em trechos supervisionados por salva-vidas, bem como obedecer às placas que informam a presença de perigo e permanecer onde a água bate, no máximo, na altura do umbigo.

Vale lembrar que saber nadar é importante para curtir a praia com mais tranquilidade, porém a habilidade não isenta os banhistas do risco de afogamento. Por isso, não se deve desafiar as ondas do mar em qualquer hipótese.

CRIANÇAS PERDIDAS

Já para não perder as crianças, problema recorrente neste período de alta temporada em razão da grande quantidade de pessoas na praia, é preciso manter atenção constante nos pequenos. Também é importante que, ao chegar na areia, os pais coloquem pulseiras de identificação nos pequenos, com nome dos responsáveis e contato telefônico, que ajudarão na localização em caso de desencontro.

Em Santos, o acessório pode ser solicitado junto à Guarda Civil Municipal (GCM), que realiza patrulhamento diário na orla. 

"São dez quadriciclos que percorrem a faixa de areia, tanto próximo do calçadão quanto da água. Além disso, temos viaturas estacionadas em pontos estratégicos, como no emissário submarino (Novo Quebra-Mar, no José Menino), Ponte Edgard Perdigão (Ponta da Praia) e Concha Acústica (Gonzaga), por exemplo, que também podem ajudar na busca por crianças perdidas", explicou o coordenador da GCM, João Batista.

Sempre procurar policiais ou guardas municipais caso se percam dos responsáveis é uma das orientações que devem ser passadas às crianças. Além disso, também deve-se mostrar pontos de referência do local onde estão, como prédios e barracas, e/ou marcar pontos de encontro, bem como ensinar os pequenos a sempre brincar na direção de onde os pais se encontram.

Um hábito comum quando se encontra uma criança perdida na praia, é bater palmas. As pessoas ao redor se juntam para participar do ato e, por meio do som, os pais conseguem saber onde o filho está. O método é eficiente, mas procurar a ajuda da Guarda Municipal também é uma boa forma de encontrar os parentes desaparecidos.

"Quando vemos uma criança desorientada ou sozinha, nós a abordamos. Mas tanto os pais quanto as crianças podem pedir ajuda aos guardas diretamente. Nós passamos a descrição da pessoa procurada aos outros agentes e todos se mobilizam para encontrá-la. Também costumamos levá-la ao local onde lembra de estar", explica Batista. O coordenador ainda ressalta que a GCM também pode ser acionada pelo telefone 153. Após o contato, a corporação é alertada sobre a ocorrência e inicia a busca tanto pelos pais quanto pela criança.

Mães compartilham cuidados

A dentista Camila Pereira, de 40 anos, é de Santo André (SP) e sempre passa algumas semanas do ano em Santos. Como tem duas filhas, Isadora e Melissa, de 12 e 7 anos, respectivamente, está sempre atenta aos cuidados. "Elas sabem nadar e sempre vêm com as pranchas, mas eu nunca as deixo sozinhas. Entro no mar junto e sempre falo que a água é só até o umbigo", conta a turista.

A sogra da dentista, Marilene Immezi, que acompanhou a estadia durante o carnaval na Cidade, reforça o zelo da mãe. "Ela orienta as meninas o tempo todo. Se elas entrarem e saírem da água dez vezes, nas dez vezes a Camila vai falar sobre os cuidados que elas devem tomar", afirma a avó das garotas.

Como sempre utilizam guarda-sóis de ambulantes da praia, a dentista orienta as filhas a sempre retornarem às barracas caso se percam, pois são fáceis de localizar em razão da cor e da quantidade de cadeiras em um só lugar. "Ela sempre nos mostra os prédios também. Nós acabamos de chegar e ela já falou sobre isso. Também sempre fala para a gente ficar perto dela, até já gravei", comenta Isadora, a filha mais velha.

CONVERSA

Também de Santo André, a dona de casa Patrícia Joyce da Silva Mota, 30, afirma que conversar com os filhos sobre as medidas de segurança é um hábito que sempre antecede a chegada à praia. "Eu e meu marido sempre ficamos por perto e instruímos eles a pedir para algum adulto bater palma caso não nos achem. Também sempre gravamos as roupas que eles estão usando para facilitar a busca".

O casal tem três filhos: Vinícius, Arthur e Sofia, de 12, 9 e 6 anos, respectivamente. Apesar do filho do meio ser o recordista em se perder na praia, a mamãe afirma que em todas as vezes a localização foi rápida. "Ele sempre segue as minhas orientações, então nunca passei nenhum desespero muito grande", conta Patrícia.

A turista ainda alerta os pais quanto aos cuidados para não perder os pequenos. "Quando aconteceu com a gente, foi uma coisa muito rápida, de olhar para o lado e ele ter sumido. Então os pais não podem descuidar, porque a mínima distração pode resultar na perda deles. E é importante sempre manter a calma, porque isso ajuda a achá-los mais rápido".

Fotos: Raimundo Rosa.