Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Crianças viram cientistas por um dia e exibem sabedoria no Aquário de Santos

Publicado: 17 de janeiro de 2024 - 14h19

“Como pensar como um cientista?” Para responder ao questionamento, trinta crianças de 8 a 11 anos viraram investigadores por um dia, nesta terça-feira, no auditório do Aquário de Santos. Com o auxílio do especialista Vinicius Chalega, a divertida atividade de educação ambiental faz parte da programação de férias do parque, que já está em sua terceira semana. 

A oficina foi dividida na parte teórica, em que os pequenos puderam aprender um pouco mais sobre áreas como Biologia, Física e Química, e a prática, com experimentos que utilizam elementos facilmente encontrados no dia a dia, como morangos, espinafre e canela. Mas, apesar de ter alguém ministrando todo esse conhecimento, quem estava com as respostas e curiosidades na ponta da língua era a própria criançada.

Entre as discussões sobre a Ciência e seus impactos, Esther Martins, 11, citou Marie Curie ao levantar a mão. “Ela ganhou um Nobel e é muito importante na Física e na Química. Eu gosto dela”. A estudante do 5º ano foi uma das inscritas no curso e não deixou de expor toda a vontade de aprender. “Aprendi na escola tudo que eu sei, mas gosto de conhecer assuntos novos”. 

Uma ‘figurinha’ conhecida entre os participantes era Antônio Rodrigues, 9, que respondia em alto e bom som todas as perguntas feitas pelo ‘professor’ - como ele chamava Vinicius. “Eu estudo na escola e por conta própria. Adoro livros e pesquiso coisas na internet. Estou amando a atividade porque estão falando sobre Física e Biologia, os meus assuntos favoritos e que quero estudar mais ainda quando crescer”, respondeu o pequeno, que sempre participa dos cursos do Aquário. 

Quem também nunca perde a oportunidade de adquirir sabedoria e estar no parque marinho, é Sophia Tiemi, 10. “Sou uma veterana aqui (brincou). Minha atividade favorita do Aquário é a Pesca Fantasma, mas essa está sendo bem especial pelo que estou aprendendo, como por exemplo a importância do jaleco. Além de reduzir riscos de contaminação, dá mais trabalho para lavar porque é branco”, divertiu-se. 

Um dos experimentos mais aguardados pela criançada foi o da reação da clorofila à luz negra. Vinicius iniciou a prática pegando um maço de espinafre e, com ajuda de voluntários em todo o processo, macerou a verdura em um almofariz (moedor). A surpresa começou quando um líquido verde (a clorofila), resultado da combinação entre as folhas e gotas de álcool, saiu da mistura. Mas o que fez a criançada vibrar com a Ciência, no escuro do auditório, foi a exposição da amostra à luz negra, que emitiu uma luz avermelhada no que antes era verde. 

Enquanto ministrava, Vinicius Chalega, cientista e integrante da equipe de Educação Ambiental do Aquário, observava a participação dos pequenos com carinho e atenção. Para ele, não é preciso ter graduação para ser um cidadão cientista e espalhar conhecimento. “É uma experiência enriquecedora, tanto para mim quanto para eles, porque todo saber vem de uma troca. Temos que começar a pensar que, para praticar e pensar Ciência, não é necessário ter idade e nem formação. Queremos influenciar e ressaltar cada vez mais o desejo dessas crianças de explorar o ramo científico, que nem sempre é um experimento em um laboratório, e sim qualquer conhecimento presente no cotidiano”. 

PROGRAMAÇÃO DE JANEIRO

A atração é parte dos cursos propostos pela equipe do Aquário para as férias da criançada, que já estão com vagas esgotadas. Porém, o parque oferece outras práticas mensais que unem diversão à educação ambiental, sem precisar realizar inscrição. 

Confira a programação especial de janeiro neste link:

Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade. 
Conheça os outros artigos dos ODS.