Crianças nas férias exigem cuidado redobrado contra acidentes domésticos

Como no período de férias as crianças passam mais tempo em casa, os pais devem ter cuidado redobrado para evitar acidentes domésticos. Segundo o Ministério da Saúde, os problemas mais comuns são quedas e intoxicações.

Os tombos, por exemplo, podem ser evitados com a colocação de grades em escadas e janelas. Em caso de acidente, a pediatra Alessandra de Jesus, da Coordenadoria da Saúde da Criança e do Adolescente, da SMS (Secretaria de Saúde), recomenda bom senso. "Por mais que acreditem num tombo inocente, os pais devem levar a a criança ao pronto-socorro, onde o médico poderá avaliar o quadro clínico", diz a médica.

Segundo ela, em até 48 horas após a queda podem surgir vômitos, alteração de comportamento, perda de consciência, dor de cabeça e até convulsão. "Os pais precisam vigiar o sono da criança neste período, acordando-a a cada duas horas para ver se está consciente".

Outras precauções necessárias: tomadas de luz devem ser fechadas com protetor plástico ou esparadrapo, cabos de panelas devem ficar voltados para dentro do fogão e objetos cortantes fora de alcance das crianças.

Para as menores recomenda-se brinquedos grandes, que não caibam na boca. Não podem também ficar sozinhas em banheira, piscina ou perto de baldes com água.

Intoxicação
A Secoi (Seção de Controle e Orientação a Intoxicações) recebe cerca de 700 telefonemas por ano. Mais de 300 deles correspondem a ingestão por medicamento, sendo que 53% são casos de crianças menores de nove anos de idade. E dessa parcela, 41% têm de um a quatro anos.

Segundo a pediatra Regina Braghetto, coordenadora de Vigilância em Saúde I, Regina Braghetto, "isso ocorre com mais frequência porque os adultos acabam deixando os comprimidos do dia dia em locais de fácil acesso ao invés de trancá-los num armário".

Outra causa de intoxicação são os produtos de limpeza. Uma das recomendações é não comprá-los em garrafa pet. "Devido ao tipo de embalagem, a criançada confunde com suco e refrigerante. Além disso, não há rótulo com informação do produto, o que seria essencial no caso de intoxicação ou ingestão indevida".