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Crianças aprendem a fazer boneca símbolo da resistência negra

Publicado: 13 de novembro de 2018
12h 34

Com objetivo de transmitir e valorizar a cultura africana, o projeto ‘Luli – nascidas para brilhar’ realizou uma oficina de bonecas Abayomi na tarde desta segunda-feira (12), no Colégio Santista (Vila Nova). Participaram 22 crianças, de 8 a 12 anos, atendidas pela iniciativa.

A educadora Luciana Couto, que realizou a atividade, explicou que as bonecas Abayomi eram confeccionadas em navios negreiros, por mães que não tinham nada a oferecer aos filhos além dessas peças feitas a partir de pedaços rasgados de suas próprias vestes.

Luciana ressaltou que ao chegar no Brasil, normalmente, mães e filhos eram separados e a única lembrança que os pequeninos levavam de sua mãe, para o resto da vida, era a Abayomi.

A iniciativa visa dar autoestima às crianças. “Conhecer nossa história é fundamental para nos valorizarmos. Muitas crianças querem alisar o cabelo e fazer outras mudanças porque não se aceitam, por isso é importante olhar os aspectos positivos de nosso passado”.

A aluna Evelyn Bakhita, 11 anos, ficou animada com a aula. “Além de aprender a fazer uma bonequinha para brincar, aprendi uma história muito importante”. Para Sara Elizabeth Passos dos Santos, 11 anos, a atividade foi inesquecível. “Hoje eu aprendi um pouco mais a valorizar quem eu sou”.

LULI

Criada há um mês, a iniciativa atende 30 crianças de oito a 12 anos, do Colégio Santista. As atividades são voltadas à valorização da cultura negra. Luciana explica que as crianças aprendem, por exemplo, a usar turbantes, fazer maquiagem e penteado, sempre valorizando as características da raça negra. “Quando elas aprendem a se cuidar, estão resgatando sua autoestima”.

Fotos: Marcelo Martins

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