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Coordenadoria da mulher aprimora busca ativa de gestantes

Publicado: 7 de janeiro de 2003
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Com o objetivo de inserir as gestantes ao pré-natal e assim, reduzir a mortalidade materno-infantil, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Saúde da Mulher, vem aprimorando, desde o ano passado, a busca ativa de gestantes. A unidade tem acesso a todos os resultados dos Testes Imunológicos de Gravidez (Tigs) que apresentam resultado positivo e que foram solicitados pelas policlínicas. Por essa estratégia, é possível saber se as mulheres cujos exames são positivos, já estão incluídas no pré-natal. Caso ainda não estejam, é feita a visita à residência da gestante, num trabalho de convencimento para ingressarem o mais cedo possível no programa de pré-natal. Santos vem conseguindo reduzir, gradativamente, nos últimos dez anos, a mortalidade infantil, mas ainda é comum gestantes aparecerem de surpresa nos hospitais públicos, especialmente na Maternidade Silvério Fontes, sem terem feito uma única consulta. Geralmente são provenientes de municípios vizinhos. De acordo com a Coordenadoria da Saúde da Mulher, um diagnóstico precoce ajuda a gestante a evitar uma série de doenças. Isso porque durante o pré-natal as futuras mamães são submetidas a diversos exames como o hemograma (para verificar a presença de anemia), biotipagem de sangue, glicemia, sífilis, HIV, hepatite B e C, rubéola, toxiplasmose (verifica se há presença dos vírus que podem influenciar na má-formação do feto), citomegalovírus, urina, fezes, papanicolau e ultrassonagrafia. Durante o pré-natal, seis consultas são o mínimo estabelecido. Porém, 86% das pacientes acabam passando por mais consultas médicas. Segundo a Coordenadoria, fazer um pré-natal precoce, não fumar, não beber, praticar exercícios físicos moderados e manter uma alimentação saudável são regras fundamentais para uma boa gestação. GESTANTES DE RISCO As unidades de saúde também avaliam se a futura mãe é uma gestante de risco, ou seja, se é dependente química, tem baixa-renda, pai de família desempregado, muitos filhos entre outros fatores que possam trazer risco para a mãe e para o futuro bebê. Quando a gestante é considerada de risco, ela é encaminhada ao acompanhamento psicossocial, que é realizado na Casa da Gestante e desenvolve oficinas de artesanato, pintura, bordado e crochê; oferece refeições e fornece atendimento psicológico e de assistente social, além de realização de aulas sobre o desenvolvimento do bebê, cuidados que devem ser tomados antes e depois do parto, e esclarecimento de dúvidas. RESULTADO POSITIVO Tal controle, por meio da busca ativa, resultou em um satisfatório índice de aderência ao pré-natal na rede pública. No trimestre de julho a setembro do ano passado, constatou-se que 83% das mulheres, cujos testes de gravidez deram positivos, concluem o pré-natal na rede pública; 11% não retornam às unidades, sendo desconhecido se participam ou não do pré-natal, e 6% fazem em rede conveniada ou particular. Outra constatação positiva foi a de que 52,2% do total das gestantes, que fizeram o pré-natal nas policlínicas, o iniciaram logo no primeiro trimestre de gestação. As que começaram o tratamento no segundo trimestre representam 42,7% e apenas 5,1% deram início no 3º trimestre.