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Conferência aborda políticas públicas para órfãos da aids em outros países

Publicado: 11 de dezembro de 2003
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Nessa quinta-feira (11), último dia da I Conferência Órfãos da Aids, o conselheiro de Proteção à Criança (Unicef), Mark Connoly, abordou a situação dos órfãos da Aids na África do Sul e na América Latina, ressaltando a importância de pesquisas para traçar diagnósticos de situação, ajudando as autoridades a cuidar melhor de crianças vulneráveis. O evento, que aconteceu no Mendes Plaza, teve por objetivo discutir propostas que visam diminuir o impacto que a Aids provoca nas crianças afetadas pela epidemia. O palestrante elogiou a maneira como o Brasil vem enfrentando a epidemia e a disposição em reunir pessoas para discutir o tema orfandade. Segundo ele, a estimativa é a de que o ano de 2010 haja mais de 25 milhões de crianças órfãos da Aids em todo o mundo. Para Connoly, as pesquisas podem ajudar as autoridades a tomar decisões, porque traçam o perfil dos órfãos. Sabendo quantos anos têm, como e com quem vivem é possível direcionar as políticas nacionais. Em países da África do Sul elas são desenvolvidas com base em medidas que visam amparar de modo global a orfandade que pode chegar a 1 milhão na América Latina e Caribe, em 2010. Fortalecer a família, mobilizar as comunidades, assegurar o acesso aos serviços fundamentais, garantir que o governo proteja às crianças vulneráveis e disseminar informação são estratégias que norteiam as políticas nacionais em países africanos. Em toda a América Latina, por enquanto, só na Jamaica as políticas em favor dos órfãos já são realidade. O Município também já realizou pesquisa, apresentada na conferência, apontando a estimativa de 605 órfãos, sendo que apenas 31 vivem em instituições, e os demais em casas de avós ou lares substitutos, com baixa renda familiar e um grande quadro de dificuldades. O Município também tem propostas envolvendo maior apoio para as famílias acolhedoras dos órfãos, entre as quais a concessão de salário mínimo pelo Governo Federal, assim como o estabelecimento de políticas sociais, de inserção educacional e melhor acesso à saúde, já que a situação de orfandade gera mais riscos para essas crianças, em relação às drogas, prostituição e exploração no trabalho. O último dia de conferência abordou ainda a discriminação e estigma, as novas perspectivas de cuidados e como revelar o diagnóstico às crianças adolescentes e atenção clínica aos soropositivos na infância e adolescência.