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Comerciantes sugerem mais investimentos turísticos e de habitação no Centro

Publicado: 21 de novembro de 2018 - 15h32

Pesquisa com comerciantes do Centro, realizada em outubro para propor iniciativas de revitalização do bairro, revelou que as intervenções urbanas visando o investimento comercial e habitacional são os principais anseios para recuperação da área.

Realizado por uma equipe da Ouvidoria, Transparência e Controle (OTC), o levantamento aponta que 82% dos comerciantes consideram muito importante a proposta da Prefeitura de flexibilizar o atual nível de proteção dos prédios históricos do Centro.

Iniciativas municipais voltadas ao turismo (31%), diversão/entretenimento (26%) e gastronomia (11%) são as principais atividades que os comerciantes esperam para a recuperação urbana da região.

Cerca de 1.800 imóveis desta região possuem níveis de proteção por meio da lei do Alegra Centro. Em vigor há 15 anos, a legislação está sendo atualizada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), com previsão de ser concluída neste ano e encaminhada à Câmara Municipal.

A Prefeitura estuda oferecer isenções tributárias em troca de investimentos de vários ramos comerciais, incentivos a partir da ocupação de imóveis hoje deteriorados, entre outras medidas.

MORADIAS

Outra iniciativa bem avaliada pelos empresários é o incentivo à construção de moradias na região: 80% deles apontaram como relevante que a Prefeitura crie políticas habitacionais para o bairro.

Já existem estudos para alteração das permissões de uso na Área do Programa Alegra Centro visando sua reconfiguração para o uso residencial. Criado em 2010, o Alegra Centro Habitação tem como proposta melhorar as condições de habitabilidade de imóveis já ocupados e atrair novos empreendimentos residenciais para a área.

Os comerciantes mencionaram ainda a segurança (30%), moradores em situação de rua (27%) e prédios malconservados (22%) como problemas urgentes que devem enfrentados pela Administração. A principal sugestão foi a construção de um shopping center no bairro, bem como mais estacionamentos gratuitos e ampliação de vagas nos finais de semana.

“A ideia da pesquisa é identificar as características que comprometem a qualidade e a expansão socioeconômica do espaço urbano. A partir da recuperação da sua infraestrutura, promovemos a integração urbana, tornando a região mais segura e convidativa com mais gente morando e circulando”, disse o ouvidor Rivaldo Santos.

COMERCIANTES

Para o presidente do CDL Santos, Camilo Rey Andújar, o Centro tem que voltar como há 40 anos, quando havia moradias. "É primordial que tenha vida própria, durante o dia e à noite, com mais bares, padarias e novas atividades de lazer e turismo".

O membro do Grupo Comércio do Centro Histórico de Santos, José Carlos Fachin, acredita também que apostar em moradias e, principalmente, aumentar a segurança trarão mais pessoas para a região. "Precisamos que todas as pessoas, de diferentes idades, possam frequentar o Centro, mas para isso deve-se investir em segurança 24 horas".

A pesquisa ocorreu entre os dias 15 e 30 de outubro, envolveu 200 comerciantes e foi discutida anteriormente com representantes do comércio, que assinalaram as principais reivindicações, reclamações e propostas de disponibilidade para investir no Centro.

Foto: Francisco Arrais