Coeficiente de mortalidade infantil se mantém estável em santos

Com registro de 82 óbitos, quatro mortes a menos em relação ao ano anterior, (quando ocorreram 86 na faixa de 0 a um ano), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou ontem, dados provisórios do coeficiente de mortalidade infantil de 200l, que ficou em l5.0 por cada mil nascimentos. No ano de 2000 o coeficiente foi de 14.0, já que naquele ano houve 6.131 nascimentos, quase 10% a mais que no ano passado, quando houve 5.460 nascimentos. Os índices do ano 2.000 representaram, na ocasião, uma queda de mortalidade de 55,9 % em relação aos índices de 1990 que atingiam 33.9 por cada mil nascimentos. No ano passado, segundo avaliação do Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep), o número de nascimentos teve uma queda atípica fato que ainda está sendo analisado. De 6.131 caiu para 5.460 nascidos/vivos, demonstrando que os casais adotaram métodos preventivos de anticoncepção de forma mais acentuada. O coeficiente de mortalidade é feito na relação mortes x nascimentos. Os números definitivos da mortalidade infantil só serão oficialmente divulgados quando houver a reconferência de endereços dos pais, uma vez que muitas fichas aparecem com o registro de mudou-s, não havendo certeza se efetivamente residiram na Cidade ou se apenas usaram eventualmente os serviços públicos de Santos mas moravam nos municípios próximos. Nessa reconferência, oito casos eram de casais que não moravam em Santos e deram endereços falsos. Esse trabalho criterioso de avaliação de nascimentos e mortes está sendo feito a partir deste ano pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que inclusive criou uma Comissão de Avaliação de Mortalidade Materno e Infantil, formada por representantes da área de Saúde da iniciativa pública e particular para apurar causas, corrigir falhas e diminuir a mortalidade, no primeiro ano de vida. Um dos fatos já constatados em Santos é que a tecnologia utilizada nas UTIs pediátrias vem diminuindo gradativamente o índice de mortalidade neonatal na primeira semana de vida. Tanto que dos 82 óbitos registrados no ano passado, 29 deles foram na primeira semana de vida, de zero a seis dias. Trinta ocorreram no período de 7 a 28 dias de vida. E no período de 29 dias a um ano, considerado período pós neonatal, morreram 23 crianças. Os índices favoráveis envolvendo a queda da mortalidade infantil, nos últimos dez anos, é resultado de vários programas implantados pela SMS, entre os quais melhor controle do pré-natal, com um mínimo de 6 consultas durante a gestação e cuidados no acompanhamento do recém-nascido de risco além do incentivo à amamentação materna, que tem grande adesão das mães, especialmente àquelas que utilizam os serviços públicos.