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Coeficiente de mortalidade infantil demonstra tendência de queda de mais de 50% nos últimos anos

Publicado: 3 de maio de 2002
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A Coordenadoria de Saúde da Criança e do Adolescente da SMS, ao divulgar dados (ainda provisórios) da mortalidade infantil de 200l,(15.0 por mil nascimentos) assinalou que o Município de Santos vem apresentando uma tendência de queda do coeficiente nos últimos 10 anos, em mais de 50%, resultado do aperfeiçoamento de programas que dão melhor acompanhamento ao pré-natal,(agora com mínimo de seis consultas às futuras mães), busca ativa de gestantes de risco, mais vigilância em bebês de risco, entre os quais os de baixo peso e de pais desempregados. Uma atenção especial está sendo dada às mães adolescentes cujo número vem crescendo ano a ano, com 583 no ano passado. Entre os fatos que merecem destaque está a gradativa queda da mortalidade infantil no Centro, e também o índice menor (em relação a todos os hospitais de Santos) de mortes no período neonatal (primeiros 28 dias) registrado no Hospital e Maternidade Silvério Fontes de 6.0. Também está sendo proposta uma melhor investigação dos casos de óbitos de 0 a 1 ano, sobretudo porque muitas pessoas de outras Cidades dão endereços falsos de Santos, por ocasião do nascimento ou óbitos dos filhos, mas não utilizam os serviços de saúde com regularidade, no acompanhamento do bebê, o que prejudica a avaliação dos casos, sobretudo os de risco, trazendo ainda deformação nos verdadeiros índices de mortalidade do Município. Para uma maior precisão na avaliação da mortalidade infantil, os óbitos serão investigados, a partir deste ano, pela Coordenadoria de Saúde Coletiva, com colaboração dos agentes comunitários de Saúde, que conhecem as famílias assistidas. Por outro lado, as causas dos óbitos terão sua discussão aprofundada, com troca permanente de informações entre as Coordenadoria da Saúde da Criança, Saúde da Mulher e Programa de Controle do Recém-Nascido de Risco. Novos cursos de capacitação de profissionais vão ocorrer, sendo que na semana passada houve o a Jornada sobre Sífilis e Rubéola Congênita, e, em junho haverá uma jornada voltada às doenças respiratórias no primeiro ano de vida. FASE NEONATAL COM ÍNDICES MELHORES Uma das constatações da SMS é que houve nos últimos 4 anos uma diminuição de óbitos na fase neonatal, que vai de 0 a 28 dias. Em parte resultado do aperfeiçoamento dos serviços de UTIs pediátricas. Isso significa que algumas mortes não evitáveis acabam ocorrendo num período após os 30 dias de vida. Já as mortes evitáveis serão criteriosamente avaliadas por uma Comissão de Controle de Mortalidade Infantil, com participação de representantes de órgãos públicos e privados, criada no ano passado. E nesse sentido a integração das áreas de Vigilância Epidemiológica e Coordenadorias da Saúde da Mulher e da Criança é fundamental, assinala a Secretaria de Saúde. FÓRUM VAI DISCUTIR MORTALIDADE INFANTIL No próximo dia 8, a SMS, realizará mais um fórum voltado ao controle da mortalidade infantil analisando inclusive, de forma conjunta, com as várias áreas da Saúde, as causas de óbitos do ano passado, que atingiram 82 bebês, quatro a menos que no ano anterior. A alteração do índice de l4.0 do ano de 2.000 para l5.0 no ano passado (embora os dados ainda não sejam os definitivos), deve-se sobretudo a uma queda atípica no número de nascimentos no ano passado. O Coeficiente de mortalidade infantil no primeiro ano de vida é obtido na proporção óbitos x nascimentos. Tanto que em 2000 nasceram 6.131 crianças e, no ano passado, o número caiu para 5.460 nascimentos, sendo que a maior redução de número de filhos ocorreu na faixa da população que reside nos bairros da Orla. Nesses bairros houve 54,3% de nascimentos a menos, de um ano para a outro. A menor redução em número de nascimento ocorreu nos bairros da Zona Noroeste, justamente a área da Cidade onde cresceu o número de óbitos. MELHORAM COEFICIENTES DO CENTRO Outro fato já constatado é que houve melhora gradativa, nos últimos anos, no coeficiente de mortalidade da área Central da Cidade, que, historicamente, sempre apresentou os piores índices da Cidade em mortalidade e várias doenças. Tanto que em 1996 o coeficiente de mortalidade no Centro era de 36.0 a cada mil nascimentos e no ano de 200l caiu para 20,2, com uma queda de mais de 40%. Do ano de 2000 para 200l o índice foi reduzido de 24.4 para 20,2. Na avaliação de coeficientes, a Coodenadoria da Saúde da Criança e do Adolescente, Selma Freire, deixa claro que não deve haver precipitações nas análises, nem nas comemorações e nem pessimismo nas pequenas variações de um ano para o outro. ¨Deve ser analisado o comportamento de vários anos¨. E nesse sentido Santos vem apresentando uma queda gradativa. Nessas variações um pouco para mais ocorreu do ano de 94 para 95, quando o índice passou de 2l.9 para 24.7, e de 98 para 99 quando passou de 16.8 para 18.l. O importante é destacar que Santos objetiva, cada vez mais, reduzir seus índices, com meta de alcançar, dentro de alguns anos, os coeficientes hoje registrados no Japão e Suécia entre 6 a 7 óbitos por mil nascimentos, que ficam entre as causas absolutamente inevitáveis. Uma das avaliações do Programa Recém Nascido de Risco envolve maior atenção para os bebês de risco em função do desemprego dos pais, e de fatores bio-psico-sociais, o que mostrou tendência de aumento nos últimos anos, com queda porém, de 2000 para 200l). Isso significa que vários bebês de risco têm nascido em lares cujos pais estão desempregados, ou em lares onde houve empobrecimento, tanto que uma parcela deixou de pagar planos de saúde particulares. O fator pais desempregados subiu ano a ano, de 97 a 2000 mas caiu de 2000 para 200l SILVÉRIO FONTES O MELHOR ÍNDICE NEO NATAL A troca de atendimento de convênios para a rede pública, não representa porém, necessariamente piora na qualidade de atenção aos bebês. Pelo menos no coeficiente neonatal do hospital municipal Maternidade Silvério Fontes, onde ocorrem mais de 35% dos nascimentos em Santos, de 1996 a 200l, os dados tem sido gradativamente favoráveis. Em 99, o índice era de 2l.0, (óbitos por cada mil nascidos vivos) caiu em 2.000 para 6.8, e no ano passado, em dados ainda provisórios, para 6.0, o melhor de Santos. Em contrapartida, o Hospital Estadual Guilherme Álvaro, apresentou crescimento de mortes neonatais. Em 99 o índice era de 2l.0, caiu em 2.000 para 11.l, e subiu no ano passado para 28. 6. Já em dois hospitais particulares os coeficientes foram bem variados. O hospital Ana Costa teve 3.6 de óbitos em 99, passaram para 8.9 em 2000 e subiram para l0.6 em 2.001, enquanto a Casa de Saúde, apresentou 4.0 em 99, l7.0 em 2.000 e caiu para 4.4 em 2001. A Santa Casa apresentou índice 11.0 em 99, com queda para 6.0 em 2.000 e uma elevação de 14,5 em 200l. O hospitais São Lucas registrou em 99, 13.21, em 2.000 caiu para 8.0 e no ano passado, outra queda para 6,5. A Benemater foi inaugurada em 99, registrando naquele anos menos de mil nascimentos. Na relação 2.000 para 2.00l os índices foram de 2.7 para 6.5 óbitos a cada mil nascimentos, no primeiro mês de vida.