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Cidade continua mobilizada para socorrer desabrigados

Publicado: 20 de dezembro de 2006
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A Cidade continuou mobilizada durante a quarta-feira (20) para ajudar os mais de 700 desabrigados pelo incêndio na Vila Alemoa, ocorrido terça-feira (19). Desde cedo começaram a ser feitas doações de roupas e utensílios e, à tarde, foi realizada no Salão Nobre do Paço Municipal uma reunião com a participação do prefeito João Paulo Tavares Papa, autoridades municipais, representantes de sociedades de bairros e de organizações não-governamentais, clubes de servir e vereadores. Durante o encontro, o presidente da Associação Pró-Beneficência da Vila Alemoa, José Inácio Leite, contou como as famílias foram acordadas no meio da noite para escapar do incêndio e ressaltou a rápida ação dos Bombeiros, Defesa Civil e de todos os setores da Prefeitura. A organização na entrega das doações e as providências que estão sendo adotadas para atender de imediato aos desabrigados foi divulgada, assim como as providências para conseguir recursos visando uma solução definitiva, que seria a construção de um conjunto habitacional com 160 unidades. Os programas municipais de habitação e o de urbanização da Zona Noroeste e Morros, para o qual a Prefeitura solicita financiamento internacional, também foram explicados, demonstrando a prioridade que a Prefeitura concentra na questão. AJUDA As doações estão chegando de várias cidades da região. De imediato, os artigos mais necessários são os de higiene pessoal, inclusive fraldas, roupas íntimas e alimentos não-perecíveis. No momento, móveis e eletrodomésticos não são tão necessários, já que as famílias estão na escola. O agendamento para retirada desses artigos deve ser solicitado pelo telefone da Ouvidoria: 0800-112056. Cartazes com os pontos de arrecadação, que podem ser conferidos no site da Prefeitura (www.santos.sp.gov.br), foram distribuídos no final da reunião, para serem colocados nas entidades. REURBANIZAÇÃO A área onde ocorreu o incêndio, de aproximadamente 7.500 m² deverá ser reurbanizada e os moradores dos barracos destruídos terão alojamento garantido até a construção de novas habitações, de acordo com as informações prestada pelo prefeito João Paulo Tavares Papa ontem à tarde, durante a reunião com setores da sociedade civil. Conforme destacou o prefeito, a Administração já tinha projeto para reurbanizar o local onde aconteceu o incêndio: "Por ali passa o Rio Furado, que é utilizado para a drenagem de várias ruas, inclusive da Via Anchieta, o qual será desobstruído, talvez alargado e canalizado. A área não será mais ocupada por submoradias. Vamos encontrar uma solução que dê dignidade e segurança aos moradores". Nesta quinta-feira (21) o prefeito se reúne com o governador Cláudio Lembo, em São Paulo, para solicitar a homologação do Estado para a decretação do estado de emergência no Município. O próximo passo para a medida será o reconhecimento pelo Sistema Nacional de Defesa Civil, o que significa a possibilidade de liberação de verbas em caráter emergencial. Nesta terça-feira (19), Papa obteve junto ao órgão federal o compromisso de que R$ 3 milhões serão destinados para atender a ocorrência. Papa disse ainda que está sendo avaliada a necessidade de um alojamento por cerca de 12 meses — tempo que seria necessário para a construção de um novo núcleo — para os desabrigados que atualmente estão na UME Oswaldo Justo. O secretário de Assistência Social, Carlos Teixeira, divulgou que 166 famílias foram cadastradas como desabrigadas, totalizando 710 pessoas. No abrigo provisório da escola estão 30 famílias (110 pessoas), já que a maior parte foi para a casa de parentes e amigos.