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Centros de convivência atendem mais de 4 mil idosos

Publicado: 8 de junho de 2010
18h 00

Quando a solidão e a rotina tornam-se um peso para quem já passou dos 60 anos, abrindo a porta para problemas como a tristeza e a falta de ânimo, é hora de reciclar a vida e buscar novos caminhos. E para isso, não é necessário gastar dinheiro. Afinal, a prefeitura mantém três centros de convivência onde mais de 4 mil idosos participam de inúmeras atividades, fazem amizades, criam e reforçam vínculos comunitários, além de desenvolver habilidades nunca antes exploradas.

Dança de salão, teatro, canto coral, liam gong (ginástica chinesa), dança do ventre, crochê, tricô, pintura, macramé, inglês, Reiki e oficina do riso são algumas das opões oferecidas pelas unidades gerenciadas pela Seas (Secretaria de Assistência Social).

Os centros de convivência Isabel Garcia (Rua Barão de Paranapiacaba, 14 – Encruzilhada – Tel.: 3223-4193); Vida Nova (Av. Presidente Wilson, 143, 3º andar – José Menino – Tel.: 3251-2096) e da Zona Noroeste
(Rua Gilberto Franco Silva, 317 – Caneleira – Tel.: 3299-2912) agregam, juntos, idosos de todas as partes da cidade.

A programação dos três equipamentos não é elaborada aleatoriamente, mas segue o que preconiza a política do Suas (Sistema único de Assistência Social), do governo federal. Ou seja “(...) o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social(...)”.

Depoimentos
Os bons resultados obtidos pelas oficinas oferecidas podem ser conferidos por meio dos depoimentos dos próprios idosos. É o caso de Valdete Tavares Câmara, de 67 anos. Diagnosticada com Alzheimer, ela decidiu reagir e buscar o atendimento do Ceconv Isabel Garcia, onde está há pouco mais de um mês.

“O médico me disse que não há cura, mas que precisava de exercícios para a mente. Estava em casa sozinha e ficava assustada e deprimida. Foi aí que decidi vir para cá, onde sou respeitada e recebo o carinho de todos”. Ela participa das oficinas de ginástica, crochê e inglês e se diz muito satisfeita com o resultado. “A prefeitura está de parabéns”.

O casal Luciano Freire dos Santos, 60 anos, e Luíza Conceição dos Santos, 62, é exemplo de puro vigor e bom humor. Juntos, eles participam de diversas atividades também no Isabel Garcia, onde Luciano, inclusive, atua como DJ e sonoplasta nas festas e comemorações.

“Cheguei aqui há seis anos com depressão. Foi então que comecei a aprender dança de salão e comecei a ter contato com outros gêneros de música. Até então, só gostava de rock. Ouvia muito Pink Floyd, Deep Purple e BB King. Hoje, ouço Roberta Miranda, Luiz Miguel etc”, disse o portuário aposentado.

Assim que conheceu Luíza, ele a convidou a participar das atividades do ceconv e atualmente ela faz parte da oficina toque de elegância e é monitora das aulas de dança. “O que eu notei depois de vir para cá foi a melhora na autoestima. Também fiz muitas amizades e me sinto mais segura. Aqui somos felizes”, garante.