Centro de Convivência Vida Nova promove transformações socais à terceira idade
O corpo está cansado pelo passar do tempo, mas com cuidado ele é esticado ao máximo que o idoso aguenta, sem dor.
Em termos objetivos, a aula de alongamento fortalece a musculatura, mas no universo da subjetividade, os praticantes ampliam as amizades, trocam experiências, se ajudam, alongam a vida.
A atividade é uma das 62 oficinas oferecidas pelo Centro de Convivência (Ceconv) Vida Nova, ligado à Secretaria de Assistência Social.
Nazaré Duarte Silva, 73 anos, viu seu círculo de amizades encolher após a aposentadoria e conta que entristeceu, deixou de caminhar e fazer outras coisas que gosta.
Com o ingresso no Ceconv, tudo mudou. “Eu frequento o Vida Nova há mais de seis anos e ele representou isso, uma vida nova para mim. Aqui fiz muitas amigas e voltei a ter prazer em viver”.
Transformação
Primeiro veio a aposentadoria, depois a viuvez. Com os três filhos já criados, Marilene Santana, 68, passou a comer compulsivamente, chorar por qualquer coisa e sua rotina era ficar em casa: da cozinha para a sala, onde via tevê e dormia no sofá.
A mulher, que hoje faz aulas de dança, se transformou depois de entrar para o Centro de Convivência. “Eu senti muito parar de trabalhar. E aqui (Vida Nova) você conversa com muita gente e quando escuta a dor do outro, percebe que seu problema não é tão grande quanto parece”.
Silvia Carneiro, chefe do Ceconv Vida Nova, afirma ser incontestável o fato de todos os participantes ampliarem seus círculos de amizades. “Às vezes, a relação familiar não é suficiente e a pessoa supre suas necessidades (emocionais) no nosso serviço”.
A unidade tem 634 idosos cadastrados. A Seas mantém mais dois centros de convivência voltados à terceira idade. Os equipamentos trabalham no fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Ceconvs
Vida Nova - Av. Francisco Glicério, 647
Isabel Garcia - Rua Barão de Paranapiacaba, 14
Zona Noroeste - Rua Gilberto Franco Silva, 317
Foto: Susan Hortas