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Central do Samu em Santos completa quatro anos com atendimento qualificado

Publicado: 11 de agosto de 2015
15h 00

Ao entrar em trabalho de parto e notar um sangramento, Natália Neri Oliveira, 18 anos, do Rádio Clube, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e deu à luz a pequena Karoliny dentro de uma ambulância. A estudante de enfermagem, Roberta Marcussi, 33 anos, do Estuário, também pediu socorro ao ver o marido, Flávio Caldas Varela, 36 anos, machucado na cozinha, após a explosão da panela de pressão.

Estas são algumas das inúmeras histórias vividas dia a dia pela equipe do serviço que, há exatos quatro anos, funciona como Samu Regional Litoral Centro Norte, na Rua Barão de Paranapiacaba, 241, Encruzilhada.

A base é responsável pela regulação do atendimento de urgência e emergência 24h em Santos, Guarujá e Bertioga, abrangendo uma população de mais de 781 mil pessoas, que aumenta em períodos de temporada.

Socorros

Em quatro anos, foram 167.760 chamados telefônicos recebidos pelas três cidades, sendo 120.925 saídas de ambulâncias só em Santos. A prioridade é para casos mais graves e que representam risco de morte. “Com o Samu, a chance de um atendimento de urgência dar certo é bem maior do que se a pessoa for buscar ajuda por meios próprios. Temos profissionais qualificados e o suporte da tecnologia”, afirma a chefe da unidade, a enfermeira Maria Del Pilar, da Secretaria de Saúde, ressaltando que a equipe passa por capacitação contínua.

Atendimento do chamado

Com tempo resposta de até 10 minutos da ambulância de suporte avançado, conforme preconiza o Ministério da Saúde, ao acionar o serviço, o solicitante é atendido por um telefonista que anota a ocorrência com precisão e rapidez.

Na sequência, um médico pede informações aprofundadas e orienta quem fez o chamado até que a ambulância chegue ao local. A ligação também passa para um rádio operador, que gerencia os veículos.

“O procedimento é padrão em todo o País e cumpre protocolo do Ministério. O médico classifica a ocorrência para que o paciente entre no hospital com tratamento já direcionado”, explica a chefe da unidade.

Estrutura do serviço

São 11 ambulâncias, sendo uma de suporte avançado, para alta prioridade, com médico, enfermeiro e condutor socorrista. E outras 10 de suporte básico, distribuídas nas bases descentralizadas (Castelinho PS da Zona Leste, Caruara, Praça Jerônimo La Terza/ Zona Noroeste, PS Central e na Rua Barão de Paranapiacaba), com técnico de enfermagem e condutor socorrista.

Prontidão para salvar vidas

Nesta quarta-feira (12), também Dia do Profissional do Samu, eles se mantêm a postos para salvar vidas e reduzir as sequelas de vítimas de casos graves. Como uma engrenagem, trabalham em sintonia – e com muita adrenalina - para o êxito do atendimento. “Nos comunicamos pelo olhar. É um trabalho em equipe”, diz o condutor socorrista Fábio da Silva Cruz.

Lidando com várias intercorrências, a parceira de trabalho, a técnica de enfermagem Mara Cristina de Almeida Silva, tem na memória o parto de Natália. “Demos toda assistência ao recém-nascido até chegar à Maternidade Silvério Fontes. Temos que ter controle emocional, sintonia e bom senso”.

Enfermeiro especialista em urgência e emergência, Moisés Euzébio de Jesus começou no Samu como técnico de enfermagem. “É uma vocação. A gente faz atendimento consciente e capacitado”. Condutor socorrista, Janilton dos Santos Rezende também se formou técnico. “Gosto da área. Está no sangue a vontade de ajudar”.

Sobre o serviço

- Média de 250 chamados/ dia.

- 1º semestre de 2015: 26.744 chamados nas três cidades, sendo 17.285 saídas só em Santos.

- Casos clínicos e traumas figuram entre as principais ocorrências.

- 185 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, rádio operadores, atendentes, motoristas e funcionários administrativos.

Quando acionar o Samu (telefone 192 – chamada gratuita)

- Problemas cardiorrespiratórios;

- Situações de intoxicação (produtos químicos, veneno, medicação);

- Queimaduras graves; - Afogamentos (em conjunto com o Corpo de Bombeiros – 193);

- Na ocorrência de maus-tratos (em conjunto com a Polícia Militar - 190);

- Trabalhos de parto com risco de morte da mãe e do feto;

- Crises hipertensivas;

- Acidentes/trauma com vítimas (em conjunto com Bombeiros – 193);

- Tentativa de suicídio (em conjunto com PM – 190 ou Bombeiros - 193);

- Surtos psiquiátricos (em alguns casos, em conjunto com PM – 190);

- Violência sexual/ agressão (em conjunto com PM – 190);

- Situações de choque elétrico (em conjunto com Bombeiros – 193);

- Acidentes com produtos perigosos (com Bombeiros – 193).

Orientações

- Em caso de acidentes com traumas, deve-se deixar a vítima como foi encontrada e fazer o acionamento do Samu, procurando isolar o local.

- É preciso manter a calma para passar os dados ou pedir para alguém mais próximo, em condições equilibradas, para transmitir as informações.

- Não passar trotes.

Foto: Carol Fariah