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Atleta de Santos, Beth Gomes dá show no Mundial de Paratletismo em Dubai

Publicado: 14 de novembro de 2019 - 16h41

A paratleta Beth Gomes, da equipe Fast Wheels/Semes/Fupes conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco no Mundial de Paratletismo em Dubai (Emirados Árabes), nesta sexta (14). Além de vencer, a santista quebrou o recorde mundial.

Beth (O Temakinho/Ocean Fitness Academia/Free Isenções Clínica Saint Raphael/RF Med Saúde/ AZ2 Acessórios/Construmade/Marcio Takayassu Shiatsu/Clube Portuários/TimeSP/Bolsa atleta) compete na classe F52, para cadeirantes sem controle total de tronco e deficiências dos membros superiores, porém a organização do mundial agrupou as classes F51, F52 e F53 em uma única disputa. As três primeiras colocadas bateram o recorde mundial.

“Como a disputa foi feita com junção de classe, venceria a melhor. Depois que a ucraniana bateu o recorde, coloquei na minha cabeça que iria ultrapassar aquela marca e foquei no campo. No último lançamento, meu disco voou mais longe”, explicou a nova campeã mundial.

As ucranianas completaram o pódio. A prata ficou com Iena Lebiedieva (F53), com 16,26m e bronze com Zoia Ovsii (F51), com 13,52m. Beth (F52) superou as adversárias na sua última chance com 16,89m.

Além de comemorar, Beth Gomes já pensa no futuro. “A emoção é muito grande. Eu estava muito ansiosa, nem consegui dormir direito. Vim preparada, com foco que tudo daria certo, e hoje eu sou a melhor do mundo. Agora, vou trabalhar para chegar bem em Tóquio 2020”.

TRAJETÓRIA

Em 1993 a vida de Beth Gomes teve uma drástica mudança. Aos 28 anos, era Guarda Municipal de Santos (atualmente está na reserva) e tinha no esporte a sua paixão. Jogava vôlei e sempre participava de competições, quando foi surpreendida por um diagnóstico de esclerose múltipla.

Em principio, pensou que não poderia mais praticar esportes, mas começou a jogar basquete sobre rodas e logo se destacou. Pela seleção brasileira, em 2010, disputou os Jogos Paralímpicos, em Pequim, e o Mundial, na Inglaterra.

Em 2011, passou a se dedicar exclusivamente ao paratletismo, nas provas de campo. Os excelentes resultados a levaram à seleção brasileira. Em novembro de 2017, até então na classe 55, teve um surto da esclerose múltipla e suas condições físicas ficaram ainda mais comprometidas. Por isso, ela passou a competir em uma nova classe, a F52.

Naquele momento, não se tinha ideia de como seria a continuidade da sua carreira. A resposta veio de forma rápida. Em 2018, Beth Gomes bateu cinco recordes mundiais, sendo por duas vezes lançamento do disco e arremesso de peso, e uma no lançamento de dardo. Porém, como sua classificação estava em análise, as marcas não foram homologadas, o que só veio a acontecer neste ano de 2019.

A definição de classe funcional é estabelecida equalizando o grau de deficiência em disputas entre atletas que possuem limitações físicas semelhantes.

Na 1ª etapa nacional de atletismo do Circuito Brasil Loterias Caixa bateu dois recordes mundiais e um das Américas. Já no Pan-Americano de Lima, no Peru, quebrou o recorde mundial no disco

 

Galeria de Imagens

A treinadora e Beth Gomes lado a lado. #Pracegover