Aquário solta tartarugas verdes no farol da moela

O Aquário Municipal devolveu ao mar quatro tartarugas verdes na manhã de ontem (10). A soltura aconteceu no Farol da Moela (Guarujá) com o auxílio da Polícia Florestal. Essa região foi escolhida por ser mais protegida, uma vez que a pesca de espera (rede) é proibida, além de possuir bastante algas para alimentação das mesmas. Os animais – com peso variando entre oito e 15 quilos - são da espécie ´Chelonia Mydas´ e ocorrem normalmente em toda a costa brasileira e nos locais próximos da linha dos trópicos. Essa espécie é considerada vulnerável, ou seja, ainda não está em extinção, porém, sua população encontra-se bastante reduzida. As tartarugas foram levadas ao parque pela Polícia Florestal porque estavam doentes e o local reunia as condições adequadas de tratamento para recuperá-las. Duas delas apresentavam fibropapilomas (verrugas grandes), outra estava com pneumonia e a quarta com fungos. Elas foram acompanhadas pela veterinária responsável pelo Aquário, Andrea Maranho, e já se encontravam em bom estado. Motivo pelo qual foram marcadas, medidas e pesadas, paras serem soltas em alto-mar. A veterinária explica que é interessante realizar a soltura em locais pouco movimentados, que tenham bancas de algas mais limpas, por isso escolhemos o Farol da Moela. Na praia de Santos elas teriam que cruzar a linha de tráfego das embarcações, correndo risco de serem atropeladas. O Aquário e o Orquidário possuem um programa de recepção de animais silvestres, aves e animais marinhos (tartarugas, pingüins, atobás, fragatas, pardelas, lobo-marinho e golfinhos) e falconídeos (aves predadoras como falcões, águias e gaviões), com estado de saúde alterado. Depois de passar por tratamento adequado podem ter os seguintes destinos: permanecer em um dos equipamentos, serem reintegrados ao seu ´habitat´ natural ou encaminhados para alguma outra instituição. Geralmente, eles são encaminhados a um dos parques pelo Poder Público, como Polícia Florestal, Corpo de Bombeiros, Ibama, entre outros. Segundo a veterinária, esse ano ocorreu um aumento de 75% na chegada de animais em relação ao ano passado. É importante deixar claro aos banhistas que por acaso venham a encontrar qualquer tipo de animal marinho, que o procedimento adequado é acionar a Polícia Florestal para que o órgão encaminhe-o a um dos parques, esclarece.