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Apesar do tempo bom, defesa civil não descuida das áreas de risco

Publicado: 11 de janeiro de 2006
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Apesar do sol forte nos primeiros dias deste mês, Santos pode ser atingida por elevado índice de chuvas na segunda quinzena, como ocorreu no mesmo período do ano passado. O fenômeno mais preocupante é o deslocamento de áreas de instabilidade do continente para o oceano, as chamadas Zcas (Zonas de Convergência do Atlântico Sul). O alerta é do Departamento de Defesa Civil da Prefeitura, que mantém o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) de 2005-2006, desde dezembro, com vigência até 30 de abril. O objetivo é concentrar esforços para enfrentar situações de emergência no período de maior incidência de chuvas. Mesmo com o bom tempo, os moradores dos morros devem atentar para as medidas preventivas e, sobretudo, não descartar lixo em encostas, fator que favorece o escorregamento de terras em dias chuvosos. Esse problema tem sido constatado no morro da Caneleira, um dos pontos continuamente visitados pelos técnicos do PPDC, assim como os morros de Santa Maria e José Menino, em razão do adensamento de moradias. A Defesa Civil, por meio do PPDC, monitora as áreas de risco nos 17 morros, num universo de 2.500 famílias e 9.500 moradores. E aponta as obras necessárias em cada caso, como muros de arrimo, limpeza de terreno e até remoção das famílias. Vinculado à Secretaria Municipal de Governo (SGO), o PPDC tem o apoio de 100 profissionais de várias pastas e órgãos municipais, além do Corpo de Bombeiros e outras instituições. A Defesa Civil conta ainda com 15 funcionários e informações meteorológicas, com dois boletins diários fornecidos pelo Governo Estadual, por meio da Casa Militar, e dados da Fundação Controle Tecnológico e Hidráulico - FCTH. Segundo estes informes, pelo menos sete eventos de Zcas devem ocorrem em janeiro no litoral. A Defesa Civil lembra que em dezembro passado a capital e a região no entorno foram fortemente atingidos por esses deslocamentos, que provocam ventos e chuvas contínuas. Num comparativo com 2004, os primeiros 10 dias do mês foram ensolarados em Santos, com registro de índice pluviométrico de apenas 68 mm. No dia 11 o tempo mudou e no final de janeiro o índice total de chuvas foi de 520 mm. Neste ano o acumulado até essa quarta-feira (11) era de 60 mm. Criado em 1988, o PPDC utiliza quatro níveis: observação (em vigor), atenção (quando a quantidade de chuvas em 72 horas atinge 100mm), alerta e alerta máximo, alterados conforme a ocorrência envolvendo a segurança das encostas.