Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Ano-Novo é esperança para santista que se descobriu na costura durante a pandemia

Publicado: 2 de janeiro de 2022 - 9h58

Após mais 365 dias em meio à pandemia do coronavírus, chega enfim o Ano-Novo, data que renova esperanças e que, desta vez, também carrega alguns indícios de uma era sem máscaras, álcool em gel e distanciamento social. Prometido pelos altos índices de vacinação e pela retomada econômica, o vislumbre de um novo tempo revela também novos rumos à santista Alessandra Salvado, que em meio ao desemprego e isolamento social se entregou à uma antiga paixão: a costura.

Durante a quarentena, milhões de pessoas começaram a trabalhar remotamente e passaram a sair menos, ganhando mais tempo em casa. Neste período, os antigos hobbies ressurgiram: o videogame foi reconectado, os pincéis saíram do armário e, no caso de Alessandra, as empoeiradas agulhas de crochê finalmente foram limpas. No início como uma brincadeira nas horas vagas de trabalho, depois como a esperança de novos caminhos para 2022.

A contadora de 40 anos, que trocou de emprego em abril do ano passado, se viu desempregada em junho, após a oportunidade não dar certo. O choque inicial logo se transformou em oportunidade. “Foi um momento de parar para respirar, ver realmente o que eu poderia fazer se não pintasse outra oportunidade de trabalho no mesmo ramo”, conta. Navegando na internet, achou o curso de corte e costura que estava com inscrições abertas na Vila Criativa da Zona Noroeste. Se já tinha experiência com crochê, por que não se aventurar na costura, algo que sempre teve vontade?

Foi aí que Alessandra se reinventou. Ela, que era acostumada a trabalhar em escritório, no ramo de exportação, pegou a máquina da sogra emprestada e passou a costurar em casa. “Sem pretensões de ser alta costura, mas poder fazer coisinhas até em casa e vender”. No WhatsApp e Instagram, a divulgação atraiu os olhares das amigas que, aos poucos, passaram a fazer pequenas encomendas. “Eu fiz umas saias para a escola também, para a minha filha que teve apresentação e para as amiguinhas dela”.

Para a contadora, é uma realização colocar em prática uma paixão que nunca tinha tido tempo de correr atrás e, hoje, se ver lucrando com o que ama. “É algo que me traz tranquilidade. São duas terapias, uma é a costura e a outra é a conversa, porque a gente chega lá no curso e se envolve com as pessoas”. A turma de Alessandra se forma em janeiro, e ela já vislumbra novos horizontes.

“Continuo buscando alguma coisa na minha área. A gente sabe que é uma coisa mais sólida, então fico um pouco mais segura. Mas eu não quero largar essa outra experiência. Claro que se tomar uma proporção maior, se eu conseguir tornar essa renda a principal, sem dúvida vou continuar”, finaliza.

Galeria de Imagens

shorts de tecido e pequenas peças de crochê sobre uma cama em exposição. #paratodosverem
Alessandra já sabia crochetar e aprendeu a costurar na Vila Criativa da Zona Noroeste - Fotos: Isabela Carrari
Alessandra posa para foto ao lado de duas filhas. A mais nova, ao lado de uma cama, segura um shorts que a mãe costurou. #paratodosverem