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Alvorada do Samba mantém viva tradição de mais de cinco décadas- confira galeria de imagens

Publicado: 2 de dezembro de 2017
8h 27

Sábado, 6h, tempo chuvoso. O carrancudo e inusitado clima frio – sobretudo em se tratando de um mês de dezembro – era um convite ideal para ficar um pouco mais na cama.

Mas a comunidade do samba em Santos é forte, e não há chuva, tempo e distância que a abale. Afinal, uma tradição precisava ser mantida, e como definiu o Marechal do Samba, J. Muniz, “tradição não é cinza, é a chama que mantém viva a cultura de um povo”. Sob este clima, foi realizada a 55ª edição da Alvorada, que desde 1963 abre as comemorações do Dia do Samba em Santos, celebrado oficialmente neste sábado (2).

O pátio da CET-Santos, local onde foi o Quilombo do Pai Felipe, o Rei Batuqueiro, considerado o pioneiro do samba no litoral paulista, foi palco mais uma vez de uma série de homenagens, que celebraram a criação de um dos maiores patrimônios culturais do País. A alvorada deste ano entrou para história, pois pela primeira vez contou com recursos de acessibilidade, graças presença de uma tradutora de libras e uma pessoa responsável por fazer a audiodescrição de tudo que acontecia durante o cerimonial. A celebração teve início ao amanhecer, com queima de fogos e toque de clarim, contando ainda com a animação dos ritmistas da escola de samba Vila Mathias. 

A manhã era de festa, mas de relembrar as histórias marcantes de pessoas que dedicaram uma vida inteira ao samba, casos de Nelson Diamante, Benedito Narciso do Amparo (o Dito do Pandeiro) e Kelly Maria da Cruz, que receberam homenagens póstumas. Mantendo a tradição, o Cidadão-Samba deste ano, Serginho do Pandeiro, executou as 21 batidas no surdo. Na sequência, ocorreu a aposição de arranjo floral junto ao monumento em homenagem a Pai Felipe.

Marcaram presença a Corte Carnavalesca de 2017, os casais de mestre-sala e porta-bandeira das escolas de samba da Cidade e diversas personalidades do mundo do samba.

TRIBUTO

Ainda como parte da Alvorada do Samba foram concedidos títulos pelo Estado Maior do Samba. Receberam a honraria de Cabo do Samba Luiz Carlos Pereira (Cabo Nene), Marcos de Brito Silva (Cabo de Brito) e Hercules Oliveira Porfirio (Cabo Dada). Foram consagradas Damas do Samba Regina Célia Farias de Jesus, Elizabeth de Lourdes dos Santos e Francelina Dinorah do Nascimento Roberto.

Na manhã deste sábado a comunidade do samba ganhou também um novo comendador, Geraldo Pieroti, que anteriormente ocupava a patente de Cavalheiro do Samba. Outras personalidades receberam o Diploma de Mérito do Samba por se destacarem na defesa da tradição do gênero na cidade.

A Alvorada do Samba foi uma realização da Secretaria de Turismo (Setur), em parceria com Liga Independente Cultural das Escolas de Samba de Santos (Licess) e Conselho do Samba de Santos.

Fotos: Francisco Arrais