Alunos de entidades se preparam para evento do Destinação Criança

Nos corredores vazios da UME dos Andradas, uma música clássica rompe o silêncio da noite. Ela vem do segundo pavimento, acompanhada de vozes finas de meninas, que repetiam juntas a frase. “Primeira, segunda, terceira, quarta e quinta posição”. São meninas de 4 a 9 anos, alunas de balé do programa Minha Comunidade, da associação Uacep (União de Amparo a Comunidades de Escolas Públicas).

A entidade acaba de receber a notícia de que um de seus projetos, o Colibri, foi aprovado para financiamento do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA), para desenvolver ações em 2018. A Uacep e outras entidades irão apresentar algumas de suas ações em evento que acontecerá na quinta-feira (26) às 19h, no Sesc Santos, em cerimônia do Destinação Criança, promovida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

“Nós, mães, estamos super ansiosas para o evento. Queremos que o público receba a melhor apresentação e perceba o quanto o projeto é importante para elas”, explica Tatiana de Freitas Lopes, 38 anos, assistente administrativa e mãe de Ana Clara, de 7 anos.

UACEP

A entidade atua em cinco núcleos, oferecendo a mais de 1,2 mil crianças e adolescentes modalidades como balé, judô, karatê, dança de rua, futsal, entre outros. O projeto Colibri, vencedor da escolha para receber financiamento pelo FMDCA, consiste em auxiliar o trabalho do Conselho Tutelar na busca por crianças e jovens em evasão escolar. “Realizamos a busca ativa por alunos que deixaram a escola. Nossa equipe técnica os localiza e inicia o trabalho para trazê-los novamente ao convívio escolar, oferecendo também ingresso em qualquer modalidade esportiva que dispomos”, explica Alex Tadeu Alves Rosa, coordenador geral dos projetos Minha Comunidade.

Também irão se apresentar os alunos da modalidade dança de rua. São crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, que mostrarão passos sincronizados, acrobacias, salto mortal e tudo o que uma performance de hip hop tem direito. “Faço aula há quatro anos. Fico dançando o tempo todo em casa. Quero seguir com a dança de rua como hobby para vida toda”, explica Ana Victória Valdegar, 14 anos, aluna do 8º ano.

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Fotos: Marcelo Martins