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Aids: adesão ao tratamento e mudança do perfil do doente

Publicado: 7 de novembro de 2005
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Propiciar aos portadores de HIV/Aids maior adesão ao tratamento, além da troca de experiência entre profissionais da saúde que lidam com o problema. Foram os principais objetivos do 1º Encontro Regional Desafios da Adesão ao Tratamento HIV/Aids, sábado (5), na Associação dos Médicos de Santos. Durante o evento, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com patrocínio do laboratório Bristol-Meyers Squibb, foi divulgado novo perfil dos portadores da doença. Em Santos, a incidência é maior na população masculina, de 20 a 49 anos, residente na orla, com ensino fundamental incompleto e cujo contágio deveu-se em grande parte a relações sexuais. Na ocasião, foi distribuído o Manual de Boas Práticas de Adesão HIV/Aids. O encontro reuniu médicos, enfermeiros, psicólogos e auxiliares de enfermagem, entre outros profissionais. Eles discutiram as dificuldades para motivar a adesão ao tratamento dos pacientes soropositivos. O médico José Ricardo Wilmers, da SMS, disse que a Aids tornou-se uma doença crônica e as novas medicações aumentaram a sobrevida dos pacientes. "Mas para conseguir a maior adesão ao tratamento é preciso a humanização do sistema, melhor acolhimento do paciente e entendimento entre ele e a equipe disciplinar". Segundos dados da SMS, a média de adesão é de 70%, percentual que não garante a eficácia das ações terapêuticas. "Na terapia retroviral, com uso dos coquetéis medicamentosos, seria necessário o comprometimento total do paciente para conseguir a eficácia e sucesso do tratamento", explicou a psicóloga Regina Lacerda, da SMS. Em Santos, são realizadas em média 1.600 consultas e 500 exames por mês, na Seção de Referência em Aids (Secraids). Na Seção de Núcleo Integrado a Criança (Senic), são atendidas 134 crianças, sendo 115 soropositivas. Deste total, apenas 90 participam da terapia. SITUAÇÃO ATUAL No período de 1984 a junho de 2005, foram feitas 7.298 notificações, indicando 4.997 pacientes com a doença (68,5%), sendo 4.847 adultos e 150 crianças. Os últimos dados registram 27 casos novos para cada 100 mil habitantes. Entre os meios de transmissão, 51,9% são por relação sexual; sanguínea, 32,2%; ignorada, 12,2%; vertical (mãe para filho), 2,6% e causa múltipla, 0,4%. A proporção atual do contágio é de dois homens para uma mulher.