Adultos e crianças se divertem e aprendem na visita noturna ao Aquário de Santos

Os peixes dormem? A pergunta foi o tema central da atividade especial realizada no Aquário de Santos, na noite de sexta-feira (19). A ação faz parte da programação de férias do parque

E a resposta veio ao longo do início da programação comandada pelos monitores de Educação Ambiental Vinicius Chalega, Richard Persaud e Alice Sauerbronn Ferrardo Souza, no auditório do equipamento. Eles explicaram, durante quase meia hora, para uma plateia atenta e curiosa, a história do equipamento e o que acontece quando as luzes do Aquário se apagam.

“Alguns peixes dormem à noite e outros não. Um exemplo é o tubarão. Quando o visitante vem de dia, ele está um pouco mais parado, mas é que ele tem hábitos noturnos e por isso o metabolismo dele está mais ativo à noite. Outros peixes dormem e ainda assim continuam nadando. Explicamos também qual é o nosso trabalho aqui. Nosso objetivo é passar conhecimento e sensibilizá-los”, diz Aline.

Os mais de cinquenta participantes entre crianças e adultos puderam ver os detalhes pessoalmente ao longo do passeio pelos dos 29 tanques do equipamento. O casal de engenheiros argentinos Evangelina Paz, 41 anos, Mathias Vidal, 42 anos, levou a filha Renata, 6 anos, para a descoberta. Eles moram em São Paulo e aproveitaram o final de semana na Cidade para fazer uma programação diferente. “Achamos muito legal, porque muitas informações que ouvimos aqui a gente não tinha, como os detalhes sobre os tanques onde ficam os animais. É muito interessante todo este trabalho”, destaca Mathias. “Foi tudo muito curioso”, acrescentou Evangelina.

Os visitantes puderam ver animais nadando e outros mais ‘sonolentos’. Segundo Vinícius, como os peixes não têm pálpebras, eles dormem de olhos abertos. A diferença é que o ritmo fica bem mais lento. Quase um ‘sonambulismo aquático’, brincou uma das crianças. E mais uma curiosidade surgiu pelo percurso. Será que eles sonham? “Eles não têm um cérebro tão desenvolvido quanto nós. Eles não têm o neocórtex e, por conta disso, não conseguem chegar no estágio mais profundo do sono, que seria a possibilidade de sonhar”, conta Vinícius.

Para a professora Agatha Caveda Matheus, 33 anos, e o sobrinho Yago Caveda Matheus Gomes da Silva, 10 anos, que participaram da atividade pela primeira vez, o passeio foi uma novidade e tanto para as férias. “Aprendi muito. É muito educativo. Mas gostei mesmo foi de saber o que fazer caso encontre um pinguim perdido na praia. Não sabia que não podia tocar nele e nem colocar gelo porque ele pode ter hipotermia”, conta Yago.

Ela também ficou encantada. “Acho que essas ações de política pública para fomentar a educação e o conhecimento da população são muito importantes. Sem contar que crescemos na praia. Meu pai é pescador e me levava para o alto mar. Então a gente está muito acostumado com o mar e gostamos muitos”, acrescenta Agatha.

SERVIÇO

Quem quiser aproveitar as férias escolares pode dar uma passadinha no Aquário, que fica na Praça Luiz La Scala s/nº, na Ponta da Praia. O parque fica aberto de terça a domingo, das 9h às 18h, com bilheteria fechando às 17h30. O valor do ingresso é de R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia) e R$ 15,00 (combo Aquário + Orquidário), sendo a compra do ingresso feita apenas presencialmente na bilheteria do parque, e o pagamento feito apenas em dinheiro ou cartão de débito. É proibida a entrada de animais (mesmo de pequeno porte) no interior do parque.

Fotos: Carlos Nogueira

Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS.