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Adolescente constrói pluviômetro e monitora chuvas em Santos

Publicado: 5 de maio de 2023 - 18h39

Um adolescente de 13 anos, morador da Vila Progresso, em Santos, está fornecendo ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informações sobre a quantidade de chuvas na Cidade, por meio de um pluviômetro que ele mesmo construiu.

Diego Henrique Santos Costa Silva passou a se interessar por Meteorologia a partir das aulas de Ciências, na Escola Estadual Emílio Justo, onde a Defesa Civil, ligada à Prefeitura, e a instituição governamental desenvolvem o programa educativo ‘Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de riscos de desastres’.

Junto com duas alunas, o garoto preparou um pluviômetro - uma garrafa PET cortada, com uma base de argila e sinalização de milímetros indicando o quanto caiu de chuva em um dia.

Este dispositivo caseiro fica em um muro na área externa de sua casa. “Todas as segundas-feiras, às 14h, envio os dados para o Cemaden”. Essa tem sido sua rotina há cerca de sete meses.

Em uma pasta, Diego Henrique mantém os dados diários atualizados, com indicações da data, horário, quantidade de chuva e um espaço para observações de eventos como deslizamentos, queda de encostas e inundações. Por participar do projeto com o Cemaden, ele ganhou um livro sobre desastres naturais. “Leio uma página por dia. Estou gostando e aprendendo sempre”.

Mãe de Diego Henrique, Maria Raimunda Santos Costa, conta que a história da família foi marcada por um desastre natural. Eles chegaram a perder a casa onde moravam, no Jabaquara, devido a um forte temporal. Diego Henrique passou a se interessar pelos fenômenos naturais para entender o que tinha ocorrido com sua família.

No período em que perderam a casa, Diego Henrique se viu diante de um problema renal grave e, quando acabou de se recuperar, pegou chikungunya. Graças ao tratamento adequado, o jovem não interrompeu os estudos. “Quero um dia atuar na Defesa Civil para ajudar a prevenir desastres naturais”.

O programa educativo do qual o adolescente participa, que mostra situações de áreas de risco nos morros e como são feitas as previsões das condições climáticas, é uma das iniciativas da Defesa Civil para conscientizar e orientar a população sobre riscos de escorregamentos de encostas e outros desastres naturais.

Outro exemplo é a formação de Núcleos de Proteção e Defesa Civil em bairros, com participação de moradores que recebem capacitação e estabelecem vínculo direto com a Defesa Civil.

Programa desenvolvido nas escolas tem parceria entre Defesa Civil e Cemaden - foto: Marcelo Martins/arquivo 
 

O contato com a Defesa Civil pode ser feito por meio dos telefones 199 ou (13) 3208-1000.

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