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Ação em Santos conscientiza sobre prevenção e cuidados com a hanseníase

Publicado: 12 de janeiro de 2024
17h 13

Janeiro Roxo. Em referência ao mês dedicado à conscientização, prevenção e tratamento precoce da hanseníase, a Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas de Santos (CCDI) realizará busca de pacientes e entrega de material educativo para os munícipes que forem, nesta terça-feira (16), ao Ambesp Nelson Teixeira (Av. Manoel Tourinho, 395, Macuco).

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, antigamente conhecida como lepra, que pode afetar pele e nervos. O tratamento cura e a medicação está disponível no SUS.

Na ação, caso haja suspeita, o paciente será avaliado por uma enfermeira e já encaminhado ao tratamento, se necessário. “Como as lesões iniciais da hanseníase podem ser facilmente confundidas com vários outros problemas dermatológicos, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, evitando possíveis sequelas”, explica Michelle Cunha, coordenadora do CCDI.

SINTOMAS

O sintoma mais expressivo da hanseníase, principalmente no estágio inicial, é o surgimento, em qualquer parte do corpo, de uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, acompanhadas da perda dos pelos e da sensibilidade tátil, térmica e/ou dolorosa no local afetado.

Outros sintomas são a sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento no trajeto dos nervos dos membros, redução da transpiração nas áreas afetadas, pele e olhos ressecados, inchaço nas mãos e pés, feridas, sangramento e ressecamento no nariz, entre outros.

TRANSMISSÃO

A transmissão da hanseníase ocorre por contato íntimo e prolongado com a pessoa infectada, pelas gotículas expelidas durante a fala, espirro ou tosse. Ou seja, o contágio se dá por meio de contato ao longo do tempo. A transmissão dentro de um ônibus, por exemplo, onde o contato costuma ser por curto período, é praticamente descartada.

PREVENÇÃO

Na prevenção são examinados todos aqueles que entraram em contato íntimo e prolongado com o paciente e, se estes não apresentarem lesões ou a presença de bacilos (bactérias), recebem o imunizante.

A BCG é aplicada em bebês recém-nascidos e só pode ser reaplicada mais uma vez na vida, ou seja, se o paciente já tiver recebido a segunda dose por algum motivo, não poderá ser imunizado novamente, mesmo que tenha tido contato com um indivíduo infectado.

TRATAMENTO NO CCDI

O munícipe pode ir diretamente ao CCDI ou ser encaminhado por unidades de saúde públicas ou particulares. No local, levando documento de identidade, comprovante de residência e o encaminhamento, é realizado agendamento com uma enfermeira que, caso confirme a suspeita, repassa o caso à dermatologista.

O atendimento inclui exames como biópsia, baciloscopia e eletroneuromiografia, além de consulta com fisioterapeuta, oftalmologista, neurologista, assistente social e psicólogo, caso haja necessidade.

Após avaliação, dá-se início ao tratamento gratuito, que é baseado em antibióticos. É ministrada uma dose mensal e supervisionada pelos profissionais do CCDI e, nos demais dias, outros dois comprimidos são tomados diariamente pelo paciente, em casa.

O tempo de tratamento varia de acordo com a quantidade de bacilos no organismo da pessoa infectada. O tratamento varia de seis meses a um ano e depende do número de lesões do paciente. Apesar do tempo de tratamento, o paciente e a família são acompanhados por no mínimo cinco anos.

SERVIÇO

A Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas fica na Rua da Constituição, 556 (Vila Mathias), e funciona de segunda a sexta, das 8h às 16h. O atendimento é exclusivo para moradores de Santos.

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros itens dos ODS.