Ação de conscientização sobre Anemia Falciforme orienta mais de 300 pessoas em Santos

Nesta quinta-feira (18), a Praça Mauá, no Centro Histórico de Santos, recebeu uma ação de conscientização sobre a Anemia Falciforme. No total, 305 pessoas receberam informações a respeito da doença e tiveram acesso gratuitamente a serviços de saúde.

Em uma tenda montada no local, foram distribuídas cartilhas com orientações sobre a doença que é hereditária (de pais para filhos). Além da panfletagem, testes de glicemia e aferição da pressão arterial também foram realizados pelos profissionais presentes. As pessoas que apresentaram resultados alterados foram instruídas a buscar uma unidade de saúde.

O coordenador de Promoção de Igualdade Racial e Étnica (Copire) da Secretaria de Governo, Ivo Miguel Evangelista, explicou que a doença é pouco conhecida pela população. “Esse tipo de anemia, que acomete predominantemente a população negra, recebe pouca visibilidade. É por isso que montamos a tenda, para que as pessoas tenham conhecimento e também possam cuidar da saúde”.

E quem passou pela praça se interessou pela iniciativa e aproveitou para ser atendido. Eliza Xavier, 67, diz sempre participar de ações quando o assunto é saúde. Após aferir a pressão e medir a glicemia, a aposentada explicou o motivo de ter parado na tenda. “Tenho pressão alta e diabetes. Para mim, iniciativas como a de hoje são importantíssimas. Conversando com a equipe, tive dúvidas esclarecidas e recebi muitas informações”.

Para os que ainda não buscaram atendimento médico ou não estão com o check-up em dia, Eliza mandou um recado. “A nossa saúde tem que vir em primeiro lugar, sempre! Quando virem um evento como o de hoje, não deixem de verificar como seu corpo está. Ficar doente é ruim e a prevenção, com informação, deve existir sempre em nossa vida”.

O prefeito Rogério Santos esteve presente para acompanhar a ação e ressaltou a importância do público ter acesso ao serviço. “A presença da equipe da saúde oferecendo serviços simples desperta essa procura por informação e muitas vezes um diagnóstico precoce. É fundamental que a população aproveite esse momento e espalhe conscientização”.

A iniciativa foi realizada pela Copire (Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial e Étnica) e pelo Conselho Municipal da Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e de Promoção da Igualdade Racial, com apoio da SMS e suporte da Escola de Enfermagem El Shaday.

ANEMIA FALCIFORME

Causada por mutação genética, a anemia falciforme, doença de notificação não obrigatória, é responsável pela deformação dos glóbulos vermelhos. O gene alterado é transmitido pelo pai ou pela mãe, ou, caso o gene for transmitido por apenas um dos pais, o filho terá o traço falciforme, podendo passar para seus descendentes, mas sem a manifestação da doença.

Os principais sintomas são dores fortes provocadas pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; fadiga intensa; palidez e icterícia (coloração amarelada da pele e do ‘branco dos olhos’); atraso no crescimento; dores articulares; feridas nas pernas; tendência a infecções; problemas neurológicos, pulmonares, renais e cardiovasculares; cálculos biliares e priapismo (ereção involuntária e persistente).

O tratamento para esse tipo de anemia é feito com o uso de medicamentos e, em certos casos, é necessária a transfusão sanguínea. A doença pode ter cura por transplante alogênico de medula óssea.

Esta ação contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: Saúde de qualidade - assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.