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Ação contra trabalho infantil concorre em seletiva nacional

Publicado: 23 de fevereiro de 2016
17h 27

O desafio da Prefeitura de erradicar o trabalho infantil na Cidade começa a render frutos. A campanha "Poupe a criança de um futuro ruim, não dê esmola", lançada pela Secretaria de Assitência Social (Seas) ano passado, com apoio da Secretaria de Comunicação e Resultados (Secor), obteve reconhecimento do Governo de São Paulo e foi escolhida para representar o Estado na seletiva nacional que indicará o representante do País na 4ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, prevista para acontecer em 2017, em Buenos Aires (Argentina).

“Essa escolha é o resultado de um trabalho árduo, mas bem feito, em conjunto com todos os funcionários da Seas. O trabalho infantil é multifacetado e complexo. Somente com a união de todos os órgãos que tem interface nessa área seria possível termos um reconhecimento”, afirma a secretária municipal de Assistência Social, Rosana Russo.

“É preciso ficar claro que o trabalho infantil aprisiona a criança. É exatamente o contrário da ideia que se tem que ele (adolescente) vai ser um bom cidadão e vai sair da pobreza. A verdade é que as pesquisas mostram que a pobreza se replica porque a criança sai da escola e tem prejuízos físicos e psicológicos”, enfatiza.

Pesquisa

Com apresentações cênicas, instalação de faixas e distribuição de folderes, cartazes nos ônibus municipais e nos espaços publicitários das calçadas, a campanha de erradicação do trabalho infantil ganhou corpo após a Seas ter acesso à pesquisa encomendada pela pasta ao Instituto de Pesquisa A Tribuna (IPAT), ano passado.

Na ocasião, 800 pessoas maiores de 16 anos e moradoras de todos os bairros da Cidade foram entrevistadas. O estudo constatou que quase metade dos entrevistados, 48,7%, acreditava que crianças e adolescentes devem ajudar no sustento da família.

Ainda segundo a pesquisa, 71,4% achavam que a criança que trabalha tem mais chance de ser um bom cidadão, e 47,9% disseram que essa atividade deve começar a partir dos 14 anos. 

Diante dos números preocupantes, a Seas se debruçou no resultado para elaborar a campanha. “O trabalho consiste em identificar quem são essas crianças, conscientizar a população, articular com outros municípios e atuar dentro das escolas do Município junto com a Secretaria de Educação (Seduc) e com a Promotoria da Infância e da Juventude”, explica Russo.

Foto: Arquivo Secor / Susan Hortas