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478 anos: Braz Cubas iniciou o conhecido pioneirismo da história de Santos

Publicado: 26 de janeiro de 2024
10h 08

Ao comemorar 478 anos nesta sexta-feira (dia 26), Santos revisita o início da sua história, em 1546, quando o português Braz Cubas eleva o povoado à categoria de Vila, que crescia na região do Outeiro de Santa Catarina, no Centro Histórico, às margens de um porto ainda tímido.

Personagem um tanto quanto desconhecido, Braz Cubas foi fundamental na trajetória de pioneirismo e crescimento de Santos: criou a primeira Santa Casa de Misericórdia das Américas e transferiu o porto da região da Ponta da Praia para o Centro Histórico, por entender que era mais seguro.

Segundo o historiador Dionísio Almeida, da Fundação Arquivo e Memória de Santos, Braz Cubas foi empreendedor, desbravador e um dos homens mais respeitados da época colonial na região. Filho de João Cubas e de Isabel Nunes, nasceu na cidade do Porto, por volta de 1507. Fidalgo da Casa Real, chegou ao litoral paulista em 1532 junto com Martim Afonso de Sousa para a colonização.

REALIZAÇÕES

Capitão-Mor de São Vicente, em 1551 foi nomeado por dom João III, provedor e contador das rendas e direitos da Capitania. No ano seguinte, fez erguer o Forte de São Filipe da Bertioga na Ilha de Santo Amaro. Teve participação destacada na defesa da Capitania contra os ataques dos Tamoios, aliados aos franceses.  Mais tarde, por ordem do terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá, realizou expedições pelo interior em busca de ouro e prata.

Fundou também o povoado de Mogi das Cruzes no ano de 1561 e participou da fundação da Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1567.

Em Santos, doou um terreno para a construção da casa e capela dos Jesuítas, próximo da antiga Alfândega em 1569, e, em São Paulo cedeu as terras onde, em 1594, seria erguido o Convento do Carmo.

HOMENAGENS

Morreu por volta de 1592, na Vila de Santos. Teve três filhos, Isabel, Jerônima e Pedro Cubas. “Diz a lenda que seus restos mortais estão enterrados sob a sua estátua, na Praça da República, no Centro Histórico, mas não temos documentos que comprovem isso”, destaca o historiador da Fams. “Pelos relatos, antes, seus restos mortais estavam na Igreja do Rosário dos Homens Brancos, demolida em 1908, que ficava bem perto da área do monumento em homenagem a Braz Cubas”.

Além do monumento, o fundador batiza uma rua no Centro Histórico de Santos, dá nome ao Teatro Municipal e está retratado em tela do acervo da Santa Casa de Santos (acima), no terceiro andar. Já a tela Leitura do Foral de Vila, de Benedicto Calixto, encontra-se no Museu do Café (abaixo), também em Santos.

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