Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

1ª Virada Inclusiva Regional é sucesso no Sesc

Publicado: 5 de dezembro de 2015
15h 53

Quem pensa que a bailarina precisa das sapatilhas para dançar balé, é porque não conhece a Escola Municipal de Dança em Cadeira de Rodas, da Prefeitura, que atua em parceria com o Studio Las Cia. De Dança. Quem pensa que só os pés dos bailarinos sofrem, é porque não viu as mãos calejadas desses cadeirantes que deslizam no salão e hipnotizam olhares.

Neste sábado (5), o grupo se apresentou no hall do Sesc durante a 1ª Virada Inclusiva Regional. Crianças, adultos e idosos que estavam na exposição ao lado foram atraídos pela música, os bailarinos, a expressão de braços, mãos e caras, que hora se contorciam, em outros momentos pareciam ganhar asas, mas sempre emocionavam.

Melhor

Valmir Magno Coelho, de 58 anos, cadeirante há 12 anos após um tiro na coluna durante um assalto, é um dos bailarinos. Ele não tem dúvidas de que hoje é um homem melhor do que quando podia caminhar. “Eu vivia na correria do trabalho e quase não via os amigos. Agora eu presto mais atenção nas pessoas, vejo a dor do outro. Meu mundo se ampliou depois que fui para a cadeira de rodas”.

Rosmeire Garcia, também de 58 anos, aposentada, usava o celular para filmar a apresentação. “Estou emocionada com a beleza e a garra deles. É uma lição de vida, é tão lindo que as crianças ficaram quietas prestando atenção”.

Vanessa Lemes, jornalista, de 37, tem uma filha com deficiências múltiplas e elogiou a virada inclusiva. “É bom porque promove a inclusão da pessoa com deficiência, e ao mesmo tempo educa a sociedade, que vem aos poucos se abrindo para as diferenças”.

Já Vanessa Lopes, 35 anos, do lar, também aprovou o evento. “Isso devia acontecer mais vezes, até para ajudar a combater o preconceito”. Além da dança em cadeira de rodas, houve jogo de basquete sobre rodas e capoeira inclusiva, tudo no Sesc.

Programação

Domingo (6), das 16 às 18h, haverá jogo de Goalball (praticado por pessoas com deficiência visual, cujo objetivo é jogar a bola com as mãos no gol adversário); vôlei sentado; capoeira para todos, basquete em cadeira de rodas e Sonhando sobre as ondas, que é uma oficina de surf na piscina para deficiente visual, em prancha adaptada.

Foto: Raimundo Rosa