Vovô Sabe Tudo estimula a leitura e o lúdico no atendimento domiciliar

Nem é preciso dizer nada. Basta observar alguns minutos para perceber que apenas os sorrisos e o carinho são suficientes para mostrar a importância das visitas de João Roque da Silva, 64 anos, do programa Vovô Sabe Tudo, ao menino Matheus Santos.

Esses encontros tão especiais ocorrem, geralmente, uma vez por mês, como resultado da parceria entre o Atendimento Domiciliar, da Secretaria de Educação (Seduc), e o programa de tecnologia social Vovô Sabe Tudo, da Secretaria de Assistência Social (Seas). Ao todo, 16 crianças e adolescentes são atendidos pelo programa da Educação e beneficiados com o trabalho conjunto das duas pastas, que ocorre desde 2014.

“Sinto grande felicidade quando o Vovô Roque e o vovô Tony me visitam. Eu não estaria aqui se não fosse por eles”, enfatizou Matheus na visita que aconteceu na quinta-feira (28). Durante o encontro, ele mostrou ser uma criança bastante extrovertida, diferente do que costuma ser, segundo as educadoras. Brincou, escutou as histórias, riu com as piadas e fez questão de abraçar Roque várias vezes. “Quero muito agradecer”, falou o menino.

Vovô Roque retribuiu o carinho e disse ter rejuvenescido desde que iniciou o trabalho com os jovens e adolescentes atendidos em casa. “No fim, eu ganho mais do que deixo aqui. É incrível como a experiência me engradece. Tenho muita gratidão por poder devolver tudo isso”.

Positivo

Os encontros entre gerações não poderiam ter resultados melhores: além da influência positiva no desempenho escolar, as visitas estimulam o gosto pela leitura, a criatividade e, claro, a sociabilidade. “A parceria favorece o lúdico, além de oferecer momentos de diversão e muita descontração, auxiliando nesse processo de educar em casa”, reforça a chefe de Seção de Educação Especial da Seduc, Luana Linhares, que coordena o Atendimento Domiciliar.

Ela explica que Matheus, por exemplo, foi aprovado para a série seguinte recentemente, após o início das visitas dos três vovôs inseridos no programa. Aos 11 anos, agora recebe conteúdos do 3º ano do Ensino Fundamental I. “O período de aulas e as matérias passadas são os mesmos das salas de escolas tradicionais”.

Para a mãe do menino, a dona de casa Maria Giovanda Santos, 57 anos, as visitas têm sido maravilhosas. “Ele fica muito animado quando sabe que os vovôs virão em casa. Essa interação é importante para o desenvolvimento dele”.

Programa domiciliar

O atendimento domiciliar é direcionado às crianças e adolescentes que, por algum motivo, temporário ou permanente, estão impedidos de frequentar as aulas nas unidades da rede municipal. Atualmente, 16 alunos com diferentes idades e necessidades são atendidos.

Foto: Susan Hortas