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Vítimas de incêndio começam a retirar doações

Publicado: 12 de junho de 2015
14h 11

As vítimas do incêndio na Vila Telma começaram, nesta sexta-feira (12), a retirar as doações no Centro Comunitário São José. Antes de pegar os produtos, eles têm de passar pelo Centro da Juventude da Zona Noroeste e retirar o encaminhamento. A medida é uma garantia de que a ajuda chegará realmente a quem precisa.

O incêndio atingiu 70 casas, mas 210 famílias foram cadastradas pela Secretaria de Assistência Social (Seas) porque se apresentaram como vítimas. A Prefeitura já iniciou o cruzamento de dados das secretarias de Assistência Social, Cohab, Educação, Saúde e da Defesa Civil para chegar ao número correto de desabrigados.

Na sexta-feira (12), apenas três pessoas estavam no Albergue Noturno. As demais vítimas ficaram em casas de parentes, amigos ou igreja.

Doações

A Defesa Civil e o Fundo Social de Solidariedade já encaminharam ao centro comunitário 50 colchões, com as respectivas roupas de cama, mais 80 cobertores, 80 cestas básicas, 80 kits de higiene pessoal (sabonete, pasta de dente, escova de dente, toalha) e 20 sacolas de alimentos.

A secretária de Assistência Social, Rosana Russo, pediu que a população e as empresas encaminhem as doações para o Fundo Social, que fica na Av. Conselheiro Nébias, 388.

Desabrigada critica aproveitadores

A desempregada Luana Márcia Goes de Souza, 24 anos, morava com o filho de 2 anos e sete meses em um barraco que foi todo destruído para que os bombeiros conseguissem chegar ao local das chamas. Ela está alojada na igreja que frequenta e não deseja voltar para a Vila Telma. "Infelizmente tem gente que não foi atingida pelo incêndio, mas veio se cadastrar e não percebe que isso prejudica quem realmente precisa".

A costureira Claudete Samamede Pereira, 61 anos, agora vive na casa do irmão, junto com seu filho, o servente Leandro Samamede Pereira, 35 anos. “Eu gostaria de mudar da Vila Telma, mas nós vivemos com o salário do meu filho (R$ 1.100,00) e precisamos de ajuda”.

Ivonete Antonia da Silva, 37 anos, vivia com cinco pessoas e perdeu tudo. "As assistentes sociais são atenciosas, mas a situação é muito difícil. Minha família precisa de tudo".

Foto: Susan Hortas