Vida Saudável: Atenção à meningite

Febre, dor de cabeça e vômitos. Juntos, os três sintomas clássicos podem identificar inúmeras doenças. Entre elas, a meningite, que tanto assusta mães e pais, principalmente aqueles com crianças menores.

Não é à toa que o registro de novos casos sempre coloca a doença em evidência, revelando a importância da orientação sobre sintomas, características e procedimentos necessários para um tratamento eficaz.

A meningite é, na verdade, uma inflamação das meninges - membranas que envolvem o cérebro. Existem diversos tipos de meningite, e para cada uma delas há causa e sintomas específicos.

A maioria dos casos é provocada por vírus ou bactérias, mas a doença também pode ser transmitida via fungos. É importante ressaltar, no entanto, que os três tipos podem levar a um quadro de meningite crônica. Segundo o chefe do Departamento de Atendimento Pré-Hospitalar e Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde, Marco Sérgio Duarte, a mais comum das meningites é aquela causada por vírus, mas há casos também da doença provocada por bactérias.

Gravidade

Pediatra, Duarte aponta que a meningite bacteriana é a forma mais grave. Ocorre geralmente quando a bactéria entra na corrente sanguínea e migra até o cérebro. “Dependendo do tipo, a meningite é mais agressiva em crianças menores, em razão do sistema imunológico”, reforça.

A transmissão ocorre, segundo Duarte, em períodos de clima mais fresco, favorecida pela maior frequência a locais fechados. “A principal recomendação é evitar locais mais aglomerados”.

Em caso de aparecimento de alguns dos sinais, a recomendação é procurar atendimento médico-hospitalar, para verificar a progressão. “A avaliação clínica é a grande divisora de águas: apenas o médico poderá verificar os sintomas e, se necessário, solicitar exames para confirmar ou descartar o prognóstico. A observação da família também ajuda na identificação”, afirma ele, lembrando que a agilidade na identificação é fundamental para o resultado do tratamento.

Os primeiros sinais de meningite, quando manifestados, são facilmente confundidos com os sintomas típicos da gripe. Eles geralmente aparecem em algumas horas e até dois dias após a infecção:

• Febre alta repentina

• Forte dor de cabeça

• Pescoço rígido

• Vômitos

• Náusea

• Confusão mental e dificuldade de concentração

• Convulsões

• Sonolência

• Fotossensibilidade

• Falta de apetite

• Rachaduras e presença de manchas vermelhas na pele.

Fatores de risco para a meningite:

• Idade: a meningite viral costuma afetar crianças de até cinco anos, mas a forma bacteriana da doença geralmente atinge adultos na casa dos 20. Na verdade, o grupo de risco, quando é classificado pela idade, varia de acordo com a causa da doença. Meningite causada pela bactéria Listeria monocytogenes costuma vitimizar muitos idosos também;

• Viver em grandes centros urbanos e frequentar ambientes fechados e cheios de pessoas também pode aumentar os riscos de contrair meningite. Se uma pessoa vive em alguma base militar, orfanato ou albergue, as chances de apresentar a doença são maiores também.

• Gravidez: gestantes têm maiores chances de contrair listeriose e também a meningite bacteriana causada por Listeria monocytogenes.

• Sistema imunológico comprometido: pessoas com baixa imunidade correm maiores riscos de apresentar meningite também, a exemplo de portadores de AIDS ou diabetes e usuários de drogas injetáveis.