Teste do pezinho: exame já atinge 97% dos bebês residentes em santos
Isabelly Cardoso Santos e Hallana Steffany Souza do Nascimento nasceram no último dia 29, no Hospital Maternidade Silvério Fontes, em Santos. Para a alegria das mamães de primeira viagem Isis, de 15 anos, e Thais, de 18 -, além dos cuidados de enfermeiras e médicos, os bebês tiveram um dos primeiros direitos do recém-nascido: o teste do pezinho. É da máxima importância. Previne muita coisa, ressalta a orgulhosa avó de Isabelly, dona Iara. Dá dó, claro, mas eu sei que tem que fazer, admite Isis. O exame, que este mês completa 30 anos de existência, é obrigatório por lei e fundamental para a detecção de doenças em fase pré-sintomática, como a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito e doenças falciformes, além de outras hemoglobinopatias. Em Santos, o Programa de Vigilância da Triagem Neonatal (teste do pezinho) faz parte do recém-criado Sistema de Vigilância Materno-Infantil (Sisvimi), que visa organizar e integrar as informações sobre a assistência prestada ao recém-nascido. O Sisvimi já contabiliza uma conquista: elevou o índice de cobertura do teste do pezinho de 92%, em 2004, para 97%, no ano passado, entre os residentes na Cidade. A medida também fez crescer a porcentagem de realização do exame entre todos os bebês nascidos na Cidade (12.389), que passou de 86% em 2004, para 95%, em 2005. Roseine explica que o instrumento é desencadeador de ações de vigilância também em outros municípios, já que estes são comunicados, semanalmente, dos nascimentos e dos testes colhidos. A epidemiologista ressalta que todos os hospitais têm de fazer o exame ou encaminhar o bebê para coleta. Na rede pública, além do Silvério Fontes, realizam o teste do pezinho quatro Unidades Básicas de Saúde: Rádio Clube, Aparecida, Marapé e Conselheiro Nébias. Em Santos, todos os hospitais que atendem pelo SUS (Silvério Fontes, Santa Casa e Guilherme Álvaro) realizam o exame antes de dar alta ao bebê e à mãe. Na Maternidade Silvério Fontes, as pequenas Isabelly e Hallana, além do teste, foram para casa imunizadas contra a hepatite B e a tuberculose (BCG).