Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Tese traz história da arquitetura santista

Publicado: 13 de fevereiro de 2006
0h 00

O processo da moderna formação de Santos é o tema da monografia da historiadora Lenimar Gonçalves Rios, da Universidade Católica de Santos (UniSantos). A tese "Memória Santista: o patrimônio construído e a política municipal de proteção e revitalização implantada no período de 1989 a 1996" foi doada à Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) e integra o acervo do Arquivo Intermediário (Rua do Comércio, 87, Centro) para consulta e pesquisa. Lenimar utilizou o acervo de fotos e livros da Fams para o levantamento de dados, principalmente sobre o Outeiro de Santa Catarina, marco da fundação da Cidade. Ela apresenta um histórico da formação da vila e sua expansão urbana, ressaltando a época em que foi considerada a Cidade do Café. A Santos Colonial se estendia do Outeiro Santa Catarina até a Rua São Bento, com um pequeno avanço na direção do Monte Serrat. Somente a partir da metade do século XIX expandiu-se, quando o café tornou-se o principal produto de exportação do País, conta a historiadora, que também apresenta fotos curiosas de plantas da Cidade e outras do engenheiro Saturnino de Brito, idealizador do sistema de drenagem. Ela fez um detalhamento da arquitetura, descrevendo as fases pela quais passaram as construções. No trabalho, também são encontradas curiosidades de imóveis na Rua XV de Novembro, armazéns, prédio dos Correios, Bolsa Oficial, Paço Municipal e fotografias de projetos de construções que ficaram no papel. MOBILIZAÇÃO SOCIAL A monografia destaca ainda um período de abandono e destruição do acervo arquitetônico santista nos anos 50, quando o Centro passou a ser um pólo comercial e muitos imóveis precisaram ser modificados por motivos estéticos ou para alargamento das ruas. Parte da tese é dedicada às mobilizações sociais e às medidas de proteção que surgiram na época, como o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa); novo Plano Diretor que ampliava a zona de interesse histórico-cultural do Município; criação do Centro da Memória Santista, em 1995, depois transformado em Fundação Arquivo e Memória de Santos, além de outras medidas e incentivos fiscais. Lenimar já está preparando novo trabalho, agora sobre a origem e os reflexos da crise econômica no Centro.