Terceira edição do programa Santos Jovem Doutor conta com impressoras 3D
Poder visualizar e tocar reproduções de partes minúsculas do corpo humano, como a epiderme (tecido que ajuda a formar a pele), ou de órgãos do sistema reprodutivo (útero, ovário, entre outros), fará parte neste ano da rotina de 300 participantes do Santos Jovem Doutor.
As peças serão obtidas por meio de impressoras 3D, adquiridas pela Prefeitura e entregues nesta sexta-feira (5), no Teatro Guarany, durante o lançamento da 3ª edição do programa, parceria entre as secretarias de Saúde e Educação com a Faculdade de Medicina da USP.
A partir da próxima semana, as atividades seguirão nas escolas duas vezes por semana com aulas e dinâmicas presenciais e à distância com professores da rede municipal e tutores da Faculdade de Medicina da USP.
“Quando o aluno toca uma peça de parte do corpo humano, ele vivencia. É uma ferramenta que ajuda professores a desenvolver a motivação e o raciocínio. Poucas escolas no Brasil os jovens no ensino básico têm a convivência com impressora 3D, nem mesmo em escolas particulares”, diz o professor de Telemedicina da USP e idealizador da iniciativa, Chao Lung Wen, ressaltando que o equipamento conta com o suporte dos conteúdos acumulados há 12 anos pela USP.
Mesma opinião é compartilhada pelo secretário de Educação, Carlos Mota. “Esta é uma grande parceria que desperta o interesse pelas questões de saúde e reforça os conceitos de protagonismo do jovem e do uso das novas tecnologias para o oferecimento de um ensino de qualidade”.
A estudante Luana Divina, 15 anos, participou do Jovem Doutor no ano passado e será uma das nove veteranas que irá ajudar aos novos integrantes do programa, estudantes do 8º e 9º anos de 16 escolas da rede municipal. “Quero mostrar tudo que aprendi e aprender um pouco mais. Quero ser pediatra e o programa me deu a oportunidade de efetivar o que eu já queria”.
Programa
Iniciado em junho de 2015, o programa já beneficiou quase 300 estudantes da rede municipal e integra o Programa de Saúde na Escola, em parceria com o governo federal. Nele são desenvolvidas ações de prevenção e promoção da saúde com os estudantes por meio da utilização de recursos de computação gráfica, imagens tridimensionais do corpo humano, educação a distância, entre outras. Ao todo, 15 temas são abordados, entre eles HIV, drogas, DST/sífilis, álcool e métodos contraceptivos.
Foto: Francisco Arrais