Tam Tam promove a inclusão pela arte
Seis meses de trabalho teatral intenso derrubaram alguns tabus envolvendo os deficientes e provaram que a inclusão social é possível. O Tam Tam comemorou os 25 anos do projeto levando ao palco do Sesc diversas pessoas com deficiência para interpretar a peça A Terra pode ser chamada de chão.
O diretor teatral Renato Di Renzo lembrou que o espetáculo começou na sala de aula, com discussões sobre violência, falta de água, discriminação. “O que existe por trás do choro, do gemido, de uma cadeira quebrada, é um grito de dor, de exclusão”, declarou Di Renzo. Com dificuldade, o ator Íbero Manzoneti afirmou que a experiência teatral lhe deu paz, aprendeu a “desacelerar”, a fazer amigos e a voltar de ônibus sozinho. “Eu amo o teatro”.
Já a produtora do espetáculo, Cláudia Alonso, comentou que o trabalho com os 45 atores também teve reflexo com os familiares, com eles percebendo as potencialidades de seus filhos. Além da preocupação com a inclusão social e o meio ambiente, todo o figurino da peça foi produzido a partir de material reciclado.
Fotos: Raimundo Rosa