Sms vai proporcionar cirurgias reparadoras de mamas

Um dos instrumentos mais importantes e de alto teor social foi assinado ontem (6) à tarde, no Salão Nobre Esmeraldo Tarquínio, entre a Prefeitura e a Universidade Santa Cecília, que vai permitir a realização de cirurgias reparadoras de mamas, em mulheres mastectomizadas (que tiveram os seios retirados em razão do câncer), de forma gratuita. Trata-se do termo de cooperação técnica, cujo o ato de assinatura contou com a presença de representantes da classe médica e de funcionários da Prefeitura. Durante a cerimônia, houve a apresentação de palestra, com data show, a cargo do diretor do Ambulatório de Cirurgia Plástica da Universidade Santa Cecília, Ewaldo Bolívar Pinto, sobre as técnicas adotadas, que reduzem o tempo de internação e recuperação das pacientes. O termo preliminar do convênio foi formalizado pelo chefe do Executivo, representante da SMS e pelos representantes da Unisanta, a reitora Silvia Angela Teixeira Penteado e do chanceler Milton Teixeira. Na ocasião, o chefe do Executivo e o representante da SMS salientaram a importância desse novo serviço, beneficiando mulheres que sofreram mutilações e podem, dessa maneira, voltar à vida, com o retorno de sua auto-estima. Uma equipe de 23 médicos que participam do curso do cirurgião plástico na Unisanta vai realizar as cirurgias em mulheres já mastectomizadas e aquelas que por ventura venham a necessitar de próteses reparadoras. Os encaminhamentos deverão ser feitos pelas policlínicas ao Instituto da Mulher, cuja inauguração vai acontecer no sábado, às 11 horas. Entre os dez ambulatórios voltados à Saúde da Mulher, o novo instituto vai abrigar o serviço de Cirurgia Plástica Reparadora. Num primeiro momento serão atendidas apenas mulheres mastectomizadas, mas é plano da SMS, que o novo ambulatório faça outras cirurgias, inclusive de redução de mamas gigantes. A técnica dos dois tipos de cirurgias foi apresentada ontem, na exposição feita por Ewaldo Bolívar. No caso da reconstrução da mama, o médico explicou que as próteses podem ser adquiridas a um preço em torno de R$ l mil reais, que serão custeadas pelo poder público municipal. As intervenções deverão acontecer no Hospital Arthur Domingues Pinto e na Beneficência Portuguesa, pelo sistema SUS. EMOÇÃO A funcionária pública Sueli Maria Sanseverina Inácio, de 56, participou da solenidade e já se apresentou como primeira candidata à cirurgia, na condição de mastectomizada. Ele retirou o seio direito há 4 anos, no Instituto do Câncer e revela que nunca conseguiu arcar com o custo da prótese. ¨É uma iniciativa maravilhosa e vai beneficiar muitas mulheres, permitindo uma vida mais feliz e saudável. Eu tenho 56 anos mas ainda tenho vaidades¨, revela. Ela não tem dúvidas que a falta do seio inibe a mulher para a vivência de sua sexualidade plena, razão pela qual assistiu com muita emoção a implementação desse novo serviço em Santos.