Sms participa de campanha de alerta contra o bicho geográfico

Com a chegada do verão, as praias ficam lotadas e, embora a lei proíba, até cães passam a circular pela areia. Esse mau hábito provoca um dos maiores problemas da estação relacionado à doença de pele: a presença do parasito ancylostoma, (causador do bicho geográfico), que contamina a areia da praia quando os cães defecam nesse espaço de lazer. Para alertar a população, especialmente donos de animais, sobre esse problema, será realizada uma campanha coordenada pelo Centro Universitário Monte Serrat, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no próximo domingo (9), em frente a Fonte do Sapo, bairro da Aparecida, denominado Dia de Conscientização do Controle do Bicho Geográfico. O evento é patrocinado pelo Laboratório Bayer, com distribuição de 2 mil luvas (para recolhimento de fezes de animais) e cerca de 5.500 folhetos sobre diferentes zoonoses e como evitá-las, com destaque ao controle das verminoses. Cerca de 20 alunos da Faculdade de Medicina Veterinária do Centro Universitário Unimonte, acompanhados do professor Antonio César Rodrigues, estarão no local, além de estande da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses – Sevicoz. Banners ilustrativos mostrarão lesões causadas pelo bicho geográfico em crianças e adultos. A campanha pretende mostrar a importância sobre o bom manejo dos animais de estimação, utilização de vermífugos em programas regulares, e cuidados na prevenção de várias doenças, tal como o recolhimento de fezes de cães quando forem levados a passeio. É importante destacar que os bichos não devem sujar praias, caixas de terra ou areia, como as utilizadas em parques e praças da Cidade. O professor de parasitologia do Unimonte Antônio César Rodrigues adverte sobre o perigo de deixar as fezes dos animais em vias públicas. O contato com as fezes que estão misturadas à areia é um dos meios de contrair zoonoses – doenças transmitidas dos animais para os seres humanos – como a causada pelo bicho geográfico alerta Rodrigues. A campanha também informará a população sobre a importância de aplicar o vermífugo nos bichos filhotes e jovens (a partir de 2 semanas e mensalmente até 6 meses) e em cães adultos, a cada três meses em casos de infestações severas. Além de luvas e adesivos sobre saúde animal, serão entregues revistas que abordam várias zoonoses, como a tênia do cachorro, a dirofolaria – verme que causa problemas respiratórios e de circulação em homem e animais entre outras. LARVA MIGRANS CUTÂNEA A larva infectante ancyslostoma provoca a doença chamada larva migrans cutânea (LMC), ou bicho geográfico. Surgem na pele das pessoas infectadas lesões inflamatórias sinuosas, causando coceira intensa. Em caso de contaminação a pessoa deve buscar tratamento médico.