Sms cria a central de regulação reunindo quatro serviços fundamentais
Um dos maiores desafios da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), envolvendo o ordenamento e maior agilidade no atendimento de munícipes que precisam de internação hospitalar e de exames complementares, já tem um importante instrumento de apoio. Foi implementada, há cerca de dois meses, de forma experimental, a Central de Regulação, novo setor da SMS que dá suporte aos próprios serviços municipais (especialmente Prontos Socorros) na busca de leitos hospitalares e proporciona maior rapidez na marcação de exames pelas unidades de saúde. O principal beneficiado com a Central de Regulação é o usuário, embora o serviço não deva ser acionado pelo paciente e sim pela rede de saúde de Santos e de cidades vizinhas que queiram encaminhar pacientes para o Município. Em breve, a Central de Regulação, que conta com 23 funcionários, inclusive médicos, também incluirá o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que está passando por reformulação e expansão, e controlará todas as consultas externas que exigem Transporte Fora do Município (TFM). Segunda o representante da Secretaria de Saúde, a implementação da Central de Regulação vem ocorrendo de forma paulatina, inclusive com conversação com os serviços mantidos pelos hospitais conveniados, Santa Casa e da Hospital Beneficência Portuguesa, envolvendo as especialidades cirúrgicas e as particularidades de cada setor. Já foram feitas várias reuniões para se definir o fluxo de encaminhamento de pacientes nas emergências e também para cirurgias eletivas. Também houve contatos com as secretarias de Saúde dos municípios vizinhos que costumam encaminhar pacientes para os hospitais de Santos, muitas vezes sem passar pelo crivo da SMS. Todos estão sendo alertados da necessidade desse contato com a Central de Regulação. A prioridade da Central é para pacientes que ingressarem por meio das unidades de saúde do Município, mas o novo serviço trabalha de forma integrada com a Central de Vagas do Estado, da Dir-XIX. O Município conta com cerca de 1.800 leitos hospitalares (particulares e públicos), sendo que 633 são conveniados com a SMS, havendo ainda os leitos do Hospital Guilherme Álvaro, que também atendem usuários SUS. 24 MIL EXAMES Nos primeiros dois meses, a Central de Regulação já agendou cerca de 24 mil exames complementares, que são feitos basicamente pelo moderno Centro de Diagnóstico, instalado na Av. Conselheiro Nébias e também pelos Ambulatórios de Especialidades (Ambesp) do Centro e da Zona Noroeste e parte pela Santa Casa e Beneficência Portuguesa. Figuram nessa listagem exames de densitometria óssea, ultrassom, urografia excretora, ureto cistologia, tomografia, Raio X, mamografia, e, a partir deste mês, já estão sendo marcados exames de cateterismo, cintilografia óssea e ressonância magnética. O agendamento tornou-se bem mais ágil. Isso porque é na própria recepção da policlínica, (ou outra unidade) que o paciente já é informado, logo após a consulta médica, qual será a data da realização de seu exame. Isso significa que o usuário SUS não precisará sair da unidade para fazer esse agendamento ou retornar em outra data à policlínica. Em breve, a Central de Regulação também estará cuidando dos encaminhamentos de pacientes que precisam ser tratados fora do município e que exigem transporte municipal. Ou seja, toda vez que um paciente necessitar do TFD - Transporte Fora do Município - o agendamento será feito via Central, o que trará um melhor ordenamento das viagens. É importante lembrar que muitos exames que antes não eram disponíveis em Santos hoje já são oferecidos na Cidade. Por essa razão é essencial que a Central saiba a razão da solicitação de cada encaminhamento fora do Município. SAMU Quando houver o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu - 192), integrado à Central de Regulação, será criada a figura do médico regulador de urgência, que acompanhará as chamadas de ambulância, definindo os casos de maior prioridade. Para a melhor estruturação do Samu foram adquiridas, neste mês, seis ambulâncias de suporte básico, uma de suporte avançado (UTI) e até o final do ano o Governo Federal deverá enviar mais cinco ambulâncias, uma delas também UTI.