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Sms constata a circulação do vírus 3 autóctone

Publicado: 20 de maio de 2002
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Trabalho de busca ativa no bairro do Marapé, realizado pelo grupo de agentes do Programa de Controle da Dengue da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no final de março, conseguiu identificar uma paciente, de 56 anos, moradora da rua Nilo Peçanha, em Santos, que portava o vírus 3. Este é o primeiro caso autóctone desse vírus em Santos, confirmado nesta semana, pelo Instituto Adolfo Lutz, revelando a importância dos cuidados que vêm sendo tomados pela Prefeitura, em relação ao controle da epidemia, sobretudo nos casos de reinfecção. O fato de uma pessoa ter dengue pela segunda, ou terceira vez, aumenta a susceptibilidade para a dengue hemorrágica, em razão da maior lentidão do organismo para reagir ao agente agressor, alerta a SMS. A busca ativa foi motivada porque nas vizinhanças da residência da portadora havia sido detectado um grupo de pessoas que era procedente do Rio de Janeiro, o que levou os agentes da SMS a pensar na possibilidade de detectar o vírus 3, explica a Coordenadoria da Saúde Coletiva. O Município realiza cerca de cinco exames de isolamento viral por mês, de acordo com recomendações da Secretaria do Estado da Saúde. No caso dessa paciente, os sintomas apresentados eram cefaléia, dor retroorbitária (atrás dos olhos), dores nos músculos e nas articulações. Mesmo tendo a segunda infecção, ela se recuperou rapidamente com o tratamento recebido na policlínica. SANTOS JÁ TINHA O VÍRUS 1 E 2 O vírus 3 autóctone ainda não havia sido identificado em Santos, onde já circulam, desde o início da epidemia, em 1997, os vírus 1 e 2. Mas, o novo vírus já havia sido registrado em um paciente vindo do Rio de Janeiro, no período do Carnaval, sendo considerado caso importado. No Rio de Janeiro, o vírus 3 começou a circular no ano passado, fato que trouxe um agravante à epidemia naquela cidade. O trabalho de controle da dengue continuará sendo feito de forma muito intensa, com os agentes visitando as casas, para orientação e busca de criadouros, para bloqueios e nebulização perifocal, além das inúmeras ações de mobilização da população. Atualmente, a Zona Noroeste apresenta um maior número de casos suspeitos. MUNICÍPIO REGISTRA 2.148 CASOS CONFIRMADOS E 5.444 SUSPEITOS A Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep) da SMS divulgou ontem (20), o novo balanço dos casos de dengue, e que vem sendo, semanalmente notificados ao Sistema Nacional de Arquivos de Notificação – Sinam, do Governo Federal. Sorologicamente confirmados por exame de sangue, o Município registra 2.605 casos, sendo 2.148 autóctones. Nesses números, estão 15 de outras Cidades ou Estados e 249 da Baixada, enquanto 193 não constam informação. Santos registra ainda 5.444 casos suspeitos, sem realização de exame sorológico, uma vez que os testes no Instituto Adolfo Lutz (IAL) deixaram de ser feitos, por determinação do Estado, quando os municípios alcançam o teto de 300 em cada 100 mil habitantes. Esses casos estão sendo analisados, por equipe médica, para apurar quantos serão confirmados clinicamente e quantos serão descartados. Entre os critérios exigidos pela – Organização Mundial de Saúde (OMS) são necessários, além da febre, pelo menos mais dois sintomas, entre os quais cefaléia (dor de cabeça), dor retroocular, mialgia (dor muscular), Artralgia (dor articular), exantema (manchas avermelhadas pelo corpo) e prostração.