Sms confirma terceiro caso de febre tifóide

Um enfermeiro de 55 anos é o terceiro caso de febre tifóide na Cidade, confirmado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde. A confirmação sorológica em três amostras de sangue foi comunicada no final de semana à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O paciente, a exemplo do segundo portador diagnosticado, já está recuperado e exerce normalmente suas atividades. Os casos envolvem funcionários de uma unidade hospitalar da Cidade, tendo ocorrido uma morte em novembro. A partir desta sexta-feira (11), a Seção de Vigilância Epidemiológica da SMS estará recebendo as primeiras amostras para coprocultura (exame de fezes) dos 47 funcionários das duas empresas santistas que fornecem refeições para a unidade hospitalar. Três outros fornecedores de São Vicente também terão suas condições de funcionamento e pessoal avaliados. A cultura das amostras – a serem coletadas sete dias seguidos, para análise no Instituto Adolfo Lutz - é necessária para identificar a eventual presença de salmonella thyphi, bactéria responsável pela febre tifóide. Essa é mais uma etapa do processo de investigação para identificar o foco da contaminação, iniciado com a análise da equipe que manipula os alimentos no hospital, cujos resultados não indicaram a existência de problemas. No mês passado, técnicos da vigilância de Santos, ao lado de profissionais da Secretaria de Estado da Saúde e da Direção Regional de Saúde (DIR XIX), estiveram na residência de dois pacientes no Embaré e de outros dois, moradores no Gonzaga e Vila Belmiro, que estavam internados no hospital quando foi identificados os casos de febre tifóide. O último caso - um morador de Praia Grande - está sendo investigado pela vigilância epidemiológica daquele município. De acordo com a chefia da Seção de Vigilância Epidemiológica da SMS, todas as pessoas que foram atendidas ou encontravam-se internadas no hospital no período em que foram registrados os casos de febre tifóide foram submetidas a exame coprológico. As que tiveram resultado positivo continuam sob investigação até que se precise onde ocorreu a contaminação. Como o centro médico não tem condições de identificar qual a espécie de salmonela (apenas o Instituto Adolfo Lutz, do Estado, faz a tipificação), é necessário investigar todos os casos que tiveram resultado positivo para essa bactéria. O QUE É Febre tifóide é uma doença infecciosa potencialmente grave, que provoca febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de vísceras como o fígado e o baço e, se não tratada, evolui para confusão mental progressiva, podendo levar o paciente a óbito. A principal forma de transmissão é a ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou, menos freqüentemente, com urina contendo a S. typhi. Mais raramente, pode ser transmitida pelo contato direto (mão, boca), com fezes, urina, secreção respiratória, vômito ou pus proveniente de um indivíduo infectado.