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Simpósio prepara equipes de Santos para os cuidados paliativos

Publicado: 12 de dezembro de 2025 - 16h38
PORTAIS

Meta do Plano de Governo de Santos 2025-2028, a aplicação da Política Nacional de Cuidados Paliativos ganhou novo contorno, sexta-feira (12) no Parque Tecnológico, com o I Simpósio de Cuidados Paliativos, que reuniu profissionais e estudantes da área da saúde para ouvir especialistas.

A organização foi da Secretaria de Saúde (SMS), por meio do Grupo Técnico de Cuidados Paliativos (GTCP), criado em junho para traçar protocolos e diretrizes para a assistência a pacientes com doenças graves, crônicas ou em finitude.

Este foi o primeiro evento promovido pelo GTCP e teve como público-alvo os profissionais que atuam na assistência, seja nas policlínicas, ambulatórios ou hospitais. “Nosso intuito é promover um cuidado integral, humanizado e em rede. E hoje termos este tempo para troca de conhecimento, experiências e vivências", explicou a médica Nieves Lago Gonzalez, coordenadora do GTCP.

AVANÇOS

A assessora de gabinete da SMS, Paula Covas, mencionou dois principais avanços em 2025: a implantação do projeto Cérebro Ativo, em parceria com Secretaria da Mulher, Cidadania, Diversidade e Direitos Humanos, em fase piloto nas policlínicas Areia Branca e Pompeia/José Menino; e a preparação para inaugurar em 2026 o primeiro ambulatório de cuidados paliativos municipal.

“A política de cuidados paliativos é muito importante para Santos, cidade com mais de 25% de sua população formada por pessoas acima de 60 anos. É uma responsabilidade que o município tem de oferecer cada vez mais qualidade à vida delas”.

CORAL

Na abertura, houve apresentação do Coral Lótus Tulipa Vermelha, formado por pessoas acima de 60 anos, dentre as quais algumas que convivem com a Doença de Parkinson. No repertório, clássicos da música popular brasileira e a natalina Bate o Sino. 

COMUNICAÇÃO DE MÁS-NOTÍCIAS

Como olhar nos olhos do paciente e informar que o tratamento não surtiu o efeito esperado e que não há outras opções de cura? Os especialistas em cuidados paliativos defendem: é direito do paciente ter autonomia para decidir o  destino de sua jornada.

“Para ter autonomia, é preciso que o paciente seja informado. Em um primeiro momento, pode-se avisar que as notícias não são tão boas quanto gostaríamos e se o paciente quer saber mais detalhes para definir os próximos passos. Ele pode delegar ou não para um familiar esta responsabilidade”, explica a psicóloga Bruna Louise de Godoy Macedo, especialista em cuidados paliativos e fundadora da Academia Brasileira de Bioética Clínica.

A especialista menciona que, no passado, a comunicação não era considerada habilidade essencial ao profissional de saúde. E que, atualmente, este conceito deve ser revisto. “A comunicação de más notícias sempre trará um impacto social e psicológico na família. É bem angustiante aos médicos a transmissão do diagnóstico. Mas é importante informar sobre o que ele tem e há formas para fazer essa comunicação. Quando você retira a informação dele, retira o direito dele de autonomia, de escolher sobre como  quer continuar esta caminhada. Às vezes não contar ao paciente pode trazer mais prejuízos psicológicos, ele se sente isolado". 

O simpósio ainda contou com palestras sobre o momento que o paciente deve ser encaminhado para cuidados paliativos; as ações para a implantação do ambulatório de cuidados paliativos em Santos e a experiência do ambulatório didático de Cuidados Paliativos da Universidade do Oeste Paulista.


Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS