Silvério fontes dobra o número de cirurgias ginecológicas
Há quase três anos em funcionamento, o ambulatório de cirurgia ginecológica do Hospital Maternidade Silvério Fontes aumentou, em 2004, em mais de 100% o número de cirurgias realizadas na unidade. Em 2003 foram 110 cirurgias realizadas contra 249 de janeiro a novembro do ano passado. O ambulatório conta com três equipes, composta, cada uma, por dois cirurgiões e um anestesista. Na Maternidade atuam oito anestesistas para o atendimento de partos cirúrgicos e cirurgias de pequeno e médio porte, entre as quais, retirada de miomas, tumores cancerígenos, esterectomia abdominal total (retirada do útero), esterectomia vaginal, conização (no colo de útero) e curetagem de prova, que avalia agentes inflamatórios. O encaminhamento das cirurgias é feito pelo Instituto da Mulher, por unidades básicas da rede municipal e por serviços médicos de outros municípios. Segundo a direção da unidade, a população feminina das cidades vizinhas encontra dificuldades para conseguir esse tipo de cirurgia pelo SUS em suas localidades de origem, razão pela qual a vinda para Santos é inevitável. Hoje, cerca de 50% dos procedimentos realizados na Maternidade beneficiam pessoas de outros municípios - em alguns hospitais da região metropolitana a espera para a cirurgia ginecológica pode chegar a oito meses. No Silvério Fontes o atendimento é rápido e reconhecido pela qualidade. Em função da grande demanda, já existem cirurgias agendadas até abril. DIFERENCIAL O Hospital Maternidade Silvério Fontes, que obteve no ano passado mais uma vez o título Hospital Amigo da Criança, concedido pela Unicef e Ministério da Saúde, mantém vários programas que beneficiam o bebê e colaboram para a redução de mortalidade. Entre os exames oferecidos logo que a criança nasce figuram a triagem neonatal, triagem auditiva e cirurgias em bebês com má formação congênita. Cerca de 240 bebês, anualmente, passam por cirurgia com algum tipo de má formação. Há também as cirurgias eletivas (programadas). Nesse caso estão as cirurgias de fimose e hérnia (umbilical e ignal). Os casos encaminhados pelas policlínicas passam por uma avaliação nos quatro ambulatórios pediátricos do hospital, e sendo necessário, são agendadas as cirurgias. A maternidade ainda oferece outros serviços, como a vacinação contra a hepatite B nos bebês nascidos na unidade, enquanto as mães são imunizadas contra a rubéola. O teste do pezinho também é feito na própria maternidade, assim como o registro de nascimento civil pode ser obtido no hospital. O incentivo ao parto natural faz parte da política de atendimento não intervencionista, razão pela qual mantém o melhor índice de partos normais. De uma média de 2.400 partos anuais, apenas 29% destes são cesárias. Até novembro de 2004, já foram feitos 2.232, sendo 1.524 naturais, e, apenas, 674 cesárias, além de 34 a fórceps. Uma das mais fortes características da unidade é o estímulo ao aleitamento materno. Por todo hospital existem banners e quadros nos quartos das parturientes, corredores e portaria. E, ainda, o projeto Canguru, que mantém o bebê colado à mãe, quando nasce abaixo do peso e precisa ser alimentado a toda hora. A equipe do Hospital, que realiza cerca de 200 partos mês, é formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistente social, acompanhante terapêutico, fisioterapeuta e fonoaudiólogos. A unidade mantém 53 leitos maternidade e sete leitos UTI, com aparelhos modernos, especificamente para crianças que apresentam risco neonatal. Esses equipamentos têm sido fundamentais para salvar as vidas dos bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer.