Sexta-feira santa pode aumentar em até 40% a venda do pescado

Considerado o feriado mais importante para os católicos, a Sexta-feira Santa, este ano celebrada dia 9 de abril, soleniza o dia da morte de Jesus Cristo, que foi crucificado em prol da humanidade. Em respeito à sua morte e ao seu sangue derramado, surgiu a tradição de não se comer carne vermelha durante a Semana Santa, que vai do Domingo de Ramos (4), ao Domingo da Ressurreição, a Páscoa (11). Esta tradição faz com que a busca pelo pescado tenha um aumento significativo nesta semana, favorecendo tanto os comerciantes deste produto, quando aos consumidores, já que o peixe é um alimento rico em proteínas, vitaminas e sais minerais. No Mercado de Peixe, na Ponta da Praia, as vendas já tiveram aumento há mais de uma semana da sexta-feira santa. O movimento já aumentou nesses últimos dias, mas a expectativa é que as vendas aumentem cerca de 40% na semana santa, declara a responsável pelo Box 5, Poliana Ferreira de Andrade. Ela conta também que os pescados mais procurados têm sido o corvina, cação, cambucu e a tainha, devido ao baixo custo. Já o proprietário do Box 4, César Antunes Vieira, indica como opção a sardinha, que mês passado estava custando R$ 8,00 o quilo, e agora custa R$ 3,00. Os preços variam de acordo com a lei da oferta e da procura. Por exemplo, no momento o camarão está em época de defeso – fase de reprodução do animal, na qual é proibida sua captura - portanto, ele está com um preço mais alto, explica César, que completa afirmando que os preços não serão alterados, existe uma variação de acordo com a quantidade que recebemos, mas os preços não serão reajustados para a semana santa. Contudo, a dona de casa Marli Rapouso, que faz compras no Mercado de Peixe há sete anos, revela que existe sim um reajuste, é comum nos finais de semana os preços aumentarem cerca de R$ 1,00 o quilo. Agora, nesta semana, os preços certamente irão aumentar ainda mais, acredita. A professora aposentada, Cleide Lenir Guarnieri, que comprava pescados para a semana santa, alerta para os preços altos. Hoje em dia não é qualquer pessoa que pode comprar uma peça de bacalhau, que chega a custar R$ 100,00. Mas se a pessoa comprar um pouco de cada pescado, dá para fazer uma boa caldeirada, que além de ser um prato requintado, sai muito mais barato. CUIDADOS Antes de comprar qualquer pescado, o consumidor deve olhar não só para os preços, mas, principalmente, para a qualidade do produto. Primeiro, o pescado escolhido deve sempre exalar odor característico, ter os olhos salientes e brilhantes, as pupilas negras, as escamas aderidas ao corpo e as guelras rosadas ou vermelhas, sem sinal de muco. A carne precisa estar firme e resistente à pressão digital e sua coloração deve ser branca ou rosa, com reflexos madrepérolas. Importante notar também se o ventre não apresenta inchaço. No caso de produtos congelados, deve-se ficar atento ao carimbo dos serviços de inspeção e à existência de uma névoa branca na embalagem, que indica boa refrigeração. Outro cuidado imprescindível é observar as condições de higiene das peixarias. Para preservação das qualidades, as postas devem estar dispostas lado a lado, sobre o gelo.