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Setembro, tempo de vida nova no Orquidário de Santos

Publicado: 13 de setembro de 2022 - 15h49

Flávia de Domênico

O mês de setembro chega com motivos a mais para visitar o Orquidário Municipal de Santos. Sinais típicos da primavera como o aumento da umidade, folhas viçosas e flores em abundância despertam nos animais, especialmente as aves, o instinto para a perpetuação das espécies. O período reprodutivo chegou. 

Após a mudança periódica, as penas estão em sua plenitude, mais brilhantes e vivas, principalmente nas que têm asas coloridas. O comportamento também é característico, perceptível na maior frequência de indivíduos em pares, por exemplo. 

Pavão e cutias no parque. Foto: Raimundo Rosa/PMS

“É comum ver as aves mais tempo juntas e fazendo o trabalho de construção dos ninhos”, exemplifica a bióloga do parque, Ana Beatriz Alarcon Comelli, referindo-se em especial às araras-azuis. A formação de pares visa a reprodução e divisão de tarefas, entre elas o cuidado com os ninhos, ovos e filhotes.

Pelo colorido intenso que atinge até o fim da estação, as araras enfeitam ainda mais a massa verde no meio da Cidade, que reproduz a mata tropical em cerca de 1.500 árvores e arbustos, dentro do espaço de 24 mil metros quadrados do Orquidário. 

Impossível não se encantar com o azul cobalto das penas e o amarelo ouro em torno dos olhos e base da boca das araras-azuis; assim como o vibrante vermelho das araras-vermelhas, essas formadas ainda por algumas penas azuis e verdes. 

Araras azuis ficam mais tempo juntas nesta época. Foto: Larissa Lobo

Sem dúvida que um dos maiores destaques é o pavão. Quem visita o local agora tem mais chance de se deparar com a espécie exibindo toda sua plenitude multicolorida. “Nesta época do ano, ele abre a cauda de penas com mais frequência, tornando mais evidentes as cores e o brilho da plumagem. Ele também tremula, faz uma espécie de dança para atrair a atenção”, explica a bióloga Ana Beatriz. 

A grande maioria das espécies pode ser vista andando ou alçando voos livremente pelo Orquidário, causando surpresa e encanto em crianças e adultos, que frequentemente imitam os sons dos pássaros numa divertida tentativa de comunicação. 

Orquidário conta atualmente com três irerês. Foto: Francisco Arrais/PMS

Beija-flores, bem-te-vis, saracuras, garças, socós e outras espécies de animais visitam o parque, mas vêm e vão... não vivem no local. 

Saracura: ave visita o Orquidário. Foto: Francisco Arrais/PMS

Papagaios, periquitos, tucanos, irerê (marrecas), corujas e espécies visitantes como beija-flores, bem-te-vis, saracuras, garças, socós voam, dançam no ar, vocalizam chamados para o bando, fazem duetos e melodias. É ir para observar, contemplar, sentir. 

Beleza das corujas chama a atenção. Foto: Francisco Arrais/PMS

Não são apenas as aves que chamam a atenção. Direcionado à fauna da região, o parque também tem exemplares de jabutis, gatos-do-mato, saguis, cutias por todos os cantos, um casal de bugios, veados, jacaré e até uma jiboia. A estação das flores é um apelo a mais pela visita, mas o ciclo da natureza e seu permanente movimento são atrações a qualquer momento da vida.

Muito carinho entre casal de bugios. Foto: Francisco Arrais/PMS

O Orquidário Municipal (José Menino) funciona de terça a domingo, das 9h às 18h (bilheteria fecha às 17h30). Ingressos a R$ 8,00. Menores de oito anos e maiores de 65 têm entrada gratuita. Estudantes e professores pagam metade, com apresentação de documento.