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Servidores municipais de Santos são sensibilizados sobre a doação de órgãos

Publicado: 26 de julho de 2023 - 18h49

O fim de uma vida pode significar o recomeço para outra: hoje no Brasil, mais de 50 mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos. Por desinformação, o tema ainda é tabu para muita gente. Para transpor essa barreira, a Seção de Captação de Órgãos e Tecidos (Secapt) da Secretaria de Saúde de Santos iniciou, nesta quarta-feira (26), uma sensibilização sobre o assunto entre os servidores municipais.

“Temos muito o que aprender sobre isso. É interessante saber sobre os trâmites, a legislação, o que pode ser feito”, disse a oficial de administração Simone Penteado, do Departamento de Administração e Transportes (Deat), que assistiu ao encontro realizado no Paço Municipal. “Pode ser um trabalho de formiguinha, mas se conseguirmos repassar um mínimo do que aprendemos aqui, já terá sido válido”.

A equipe da Secapt — única seção específica criada para esta finalidade numa prefeitura brasileira — abordou todos os procedimentos relativos ao processo de doação de órgãos. “Uma das principais confusões que as pessoas têm é quanto a quem pode autorizar o processo”, diz a chefe do setor, Danielle Caliani Machado. “Muitos acham que a liberação deve constar do RG do doador, legislação que já caiu há 22 anos”.

Atualmente, basta a família manifestar a autorização. Importante salientar que um único doador pode salvar várias outras vidas. Podem ser doados: coração, pulmões, fígado, pâncreas, rins, córneas, pele, vasos e ossos. “O sistema brasileiro (de transplantes) é gratuito, financiado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ao contrário de outros países”, lembra Danielle.

CAPTAÇÃO

Santos não realiza transplantes — estes são feitos na Capital. O Município atua na captação dos órgãos e tecidos, para depois direcioná-los para pacientes na fila de espera do Governo do Estado.

Somente no ano passado, foram recolhidos 65 órgãos em solo santista. “Acreditamos que, com um maior nível de consciência e informação, esse índice tende a subir. Afinal ninguém está livre de precisar, um dia, de uma doação”, avalia a chefe do Deat.

HOMENAGEM

Outra dúvida recorrente das famílias é se o corpo pode ser velado após a captação dos órgãos. A resposta é sim: as cirurgias para retirada não causam qualquer deformação. “Doar pode ser uma última homenagem dos parentes ao ente querido”, afirma Danielle.

Outros encontros serão realizados com o funcionalismo municipal até o fim do ano. Em setembro, mês internacional do doador de órgãos e tecidos, a Secapt realiza a Campanha Setembro Verde, com debates e caminhada.

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS https://idsc.cidadessustentaveis.org.br/profiles/santos-SP.