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Semana do Patrimônio Santista prossegue até sexta-feira voltada à preservação

Publicado: 13 de agosto de 2025 - 8h24

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A 1ª Semana do Patrimônio Santista continua promovendo, até sexta-feira (15), ampla programação voltada à preservação histórica, na Associação Comercial de Santos (Centro Histórico).

Nesta quarta-feira (13), Aline Leite, do Coletivo Preserva Mais, tratou de metodologia e práticas em intervenções patrimoniais

O caso apresentado pela arquiteta foi da Casa Assobradada, em Marília (SP). Trata-se de imóvel centenário de uma família local, o primeiro construído de tijolos, antes mesmo de Marília ser concebida como cidade.  “A casa, que vinha sendo subutilizada, apresentava danos significativos por falta de conservação, sendo necessárias muitas intervenções”.

O coletivo Preserva Mais, que reúne um time de profissionais, assumiu o desafio de preservar o imóvel, que passou por diversas etapas como diagnóstico, intervenções para recuperação estrutural, restauro e informações históricas.

O imóvel, apesar de pequeno (400 metros quadrados), foi reconhecido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). "Intervenção respeitosa, atuando estritamente o necessário para preservar o imóvel, que resiste à paisagem da Cidade".

Sobre Santos, Aline fez questão de fazer referência aos edifícios imponentes preservados. “Isso faz com que a população se aproprie da memória histórica e identidade”.  

A arquiteta Valéria Valadão, formada há mais de 47 anos, afirma que eventos como este devem acontecer mais vezes. “Os cases apresentados são enriquecedores”. 

GRANDES PROJETOS

Nesta terça-feira (12), arquitetos renomados que compartilharam suas experiências à frente de grandes projetos que deram vida a edificações históricas em Santos e São Paulo.

 

Arquiteto da Prefeitura de Santos, à frente de projetos há quase 40 anos, Ney Caldatto, falou dos desafios da recuperação de edificações históricas que revigoram o Centro Histórico.

Apresentou em detalhes o trabalho desafiador da restauração da antiga Estação Ferroviária e do antigo Casarão do Valongo que em ruínas, foi reconstruído e transformado no Museu Pelé, e do Teatro Guarany, no Centro Histórico. Disse que a recuperação dessas edificações trouxe significado para a Cidade. 

OS DESAFIOS DE PRESERVAR

O arquiteto Bruno Scacchetti, da Metaforma Incorporadora, compartilhou, como “case” de sucesso, a revitalização arquitetônica e urbanística em torno de um prédio inaugurado em 1939, o Basílio 177, no Centro de São Paulo, com 274 unidades, sob o conceito de retrofit que vem se expandindo na Capital. O projeto teve início em 2021 e concluído em 2024.

A exemplo do que pretende a Prefeitura de Santos, no Centro Histórico, o retrofit busca valorizar o passado mantendo a essência da construção.

Scacchetti disse que as transformações no entorno da edificação fizeram com que a comunidade passasse a monitorar o espaço, participando inclusive da ornamentação de um jardim. “São projetos que proporcionam regeneração e pertencimento. É a preservação da história promovendo sustentabilidade”.

Roberto Toffoli, arquiteto do Cidade Matarazzo, deu detalhes desse megacomplexo de luxo localizado no bairro Bela Vista, região central de São Paulo, situado em meio a três hectares de Mata Atlântica.

Destacou os desdobramentos da recuperação sob a ótica da engenharia e da preservação do patrimônio em transformar o local mantendo as características originais. “Ali ficava o antigo Hospital Matarazzo que foi símbolo da cidade em atendimento médico”.

 

 

Esta iniciativa contempla o item 9 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Indústria, Inovação e Infraestrutura. Conheça os outros artigos dos ODS.