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Sem limites, espaço arte desperta atenção do público

Publicado: 15 de setembro de 2009
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A fibra da banana transformada na charmosa capa de um simples caderno ou uma velha lata de leite que dá forma a um vaso estilizado demonstram que deficiência não impõe nenhum tipo de limite à criação dos alunos do Programa de Habilitação Profissional do Deficiente, da SMS (Secretaria de Saúde), por meio da Serfis (Seção de Recuperação e Fisioterapia/Av. Conselheiro Nébias 267). Eles dão vida ao Espaço Arte, uma loja inaugurada em 28 de agosto, no piso térreo da unidade, que já faz sucesso com a venda dos produtos confeccionados pelos próprios participantes. Toda terça e quarta-feira, das 9h às 16h, a loja fica aberta para atender o público, que começa a descobrir o Espaço Arte como um ponto a mais para compras de artigos variados e com bom preço: de R$3,00 a R$15,00. Quem visita a loja, encontra um ambiente colorido com a criatividade colocada em prática nas camisetas de desenhos originais, agendas telefônicas, bijuterias, velas artesanais, kit de escritório, nos potes de biscuit e porta-retratos. Segundo a terapeuta ocupacional da Serfis, Regina Freire, antes da inauguração os trabalhos eram comercializados em eventos, como a Feira da Solidariedade, e muitos também sob encomenda. "Mas, com a lojinha já sentimos o aumento das vendas. Por semana são cerca de R$100,00, sendo que antes passávamos uma semana sem vender nada", explicou. A renda é revertida para a compra do material que mantém as produções nas oficinas de artesanato (mosaico, cerâmica e decupagem), reciclagem, serigrafia, encadernação, bijuteria, velas artesanais e biscuit. As aulas, realizadas por quatro monitores, acontecem de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 16h. O trabalho é acompanhado de perto pela equipe de profissionais da Serfis: uma terapeuta ocupacional, uma assistente social e uma psicóloga, além de dois acompanhantes terapêuticos. Atualmente, são cerca de 50 alunos, entre adolescentes e adultos com algum tipo de deficiência física, auditiva, visual ou mental e com independência nas atividades da vida prática. Para Mario L. Oliveira, de 14 anos, a serigrafia mudou sua vida a partir de fevereiro, quando integrou o grupo após o encaminhamento do neurologista. "Estou mais atencioso na escola e tenho mais assunto para conversar com as pessoas", disse o jovem que já fez 54 desenhos. AUTOESTIMA Porém, muito mais do que ensinar novas habilidades, o programa visa mostrar aos participantes o quanto eles são capazes de produzir e de ingressar no mercado de trabalho. A duração de cada oficina varia de acordo com o aluno e a avaliação é feita em conjunto com o monitor e pela equipe de profissionais. "Nas oficinas eles entendem a importância da assiduidade, pontualidade, organização e respeito aos colegas", ressaltou a terapeuta ocupacional. Com o certificado nas mãos, os alunos podem arrumar emprego em várias áreas como já aconteceu com outros que atuam no atendimento de lanchonetes de rede, na produção de doces em confeitarias, em serviços gerais e de escritório. Palestras, passeios e participação em eventos fazem parte das demais atividades oferecidas para os alunos, além do atendimento para os familiares. Cada oficina pode ter no máximo dez alunos e ainda há vagas. Normalmente, as pessoas são encaminhadas por profissionais da saúde da rede pública ou privada, mas os interessados podem entrar em contato diretamente pelo telefone 3222-2373.